Novo Caps AD vai funcionar 24h em Feira de Santana; equipamento deve ser entregue em um ano 

Feira de Santana vai ganhar uma grande ferramenta da rede de saúde mental, o Centro de Atenção Psicossocial Álcool e Drogas III, (Caps AD III), que será instalado no bairro Jardim Acácia. O prefeito José Ronaldo assinou a Ordem de Serviço para dar início às construções nesta segunda-feira (14). A previsão para entrega é de até um ano.

O novo centro, que conta com investimento superior a R$ 2 milhões, funcionará 24 horas por dia e contará com leitos para acolhimento integral, oferecendo assistência contínua, humanizada e baseada no cuidado territorial, recomendado pela Rede de Atenção Psicossocial do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SUS). A obra tem investimentos do Novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), do governo federal. 

“Sem dúvida uma obra de grande importância para a Feira de Santana, que vai funcionar de domingo a domingo, prestando serviço nesta área da saúde, as pessoas que têm dependência do álcool e outras drogas”, disse o prefeito, destacando que o espaço vai funcionar com recursos da Secretaria Municipal de Saúde e do Ministério da Saúde. 

Segundo José Ronaldo, o espaço foi escolhido por ser uma área própria do município, próxima do centro da cidade. 

“Aqui é um terreno muito bom, plano, que você pode fazer também nas proximidades uma área de urbanização, inclusive, nós já estamos idealizando essa urbanização e vai ficar realmente muito bonito, próximo à Praça do Céu, que já existe lá no Jardim Acácia, próximo também a uma creche de propriedade também do município e próximo a outro projeto social que já existe também na Rua Belo Horizonte.”

Especializada no atendimento de pacientes com transtornos mentais que fazem o uso de substâncias psicoativas e de seus familiares, o Caps AD tem o objetivo de oferecer acompanhamento terapêutico intensivo para promover a reabilitação psicossocial do paciente e sua reinserção na sociedade. 

Segundo o secretário de Saúde, Rodrigo Matos, que participou do evento, o centro será de grande porte para atender a grande demanda de Feira. 

“Nós já temos um Caps AD em Feira, mas que funciona em regime ambulatorial, de horário comercial. Agora também vai ter, vai funcionar no regime de 24h por dia, sete dias por semana, inclusive, possibilitando fazer internamento quando necessário.”

Somente em 2024, mais de 400 mil pessoas foram afastadas do trabalho por questões de saúde mental. Esse é um dado importante apresentado pelo secretário que reforça a urgência de se criar equipamentos como este em uma grande cidade como Feira. 

“Isso impacta na felicidade das pessoas, na qualidade de vida das pessoas, na produtividade da sociedade. Então, o poder público tem que estar atento a isso e agir de forma cirúrgica dentro desse processo de acolhimento das pessoas com transtornos mentais”, afirmou ao Acorda Cidade.

Para além dos cuidados do psicólogo e do psiquiatra para quem enfrenta o problema, Rodrigo destacou a importância de uma rede completa, multidisciplinar e integrada para alcançar o sucesso do paciente. 

“Não é só o medicamento, é a oficina terapêutica, enfim, é um atendimento muito especializado e muito efetivo. Há um tempo, se fazia muito dentro de hospital psiquiátrico esse tipo de atendimento e a gente via que não tinha evolução, essa pessoa não era incluída na sociedade. E hoje, graças a essa modalidade de entender a pessoa que tem um transtorno mental como uma pessoa que pode e deve estar incluída de forma efetiva na sociedade, o Caps trouxe isso para a gente.”

São pacientes que encontram a melhora ao passar pelo serviço do Caps e que encontram realização em suas vidas, no trabalho, no cuidado de suas famílias, quando executam o tratamento técnico e humanizado adequado. 

O novo Caps AD lll ficará localizado na Rua do Canal, no bairro Jardim Acácia e deve atender a população de Feira de Santana. 

Feira de Santana possui atualmente cinco Caps, sendo um deles o Caps AD, oito residências terapêuticas e um ambulatório de saúde mental. Juntos eles atendem cerca de 45 mil pessoas. Em torno de 44 pacientes vivem em residências terapêuticas.

Com informações do repórter Ed Santos do Acorda Cidade

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