Roberta Costa
O incêndio que aconteceu na última quinta-feira (7) no Atacadão São Roque, em Feira de Santana, trouxe à tona a deficiência do Corpo de Bombeiros da cidade, a solidariedade das pessoas e a falta de preparo das lojas feirenses em combater focos de incêndio.
O técnico de segurança do trabalho, Antonio Sérgio Aras, da Federação Nacional dos Técnicos de Segurança do Trabalho, disse que “é preciso que fique claro para a nossa sociedade que nós não precisamos de medidas gigantescas. Se a gente tivesse hoje o Corpo de Bombeiros de Nova York, nas mesmas condições em que foi chamado o de Feira, o resultado seria o mesmo”.
Ele defende o cumprimento das Normas Regulamentadoras da Portaria 3214, do Ministério do Trabalho, que diz que todo e qualquer estabelecimento deve ter uma preparação interna voltada a combater qualquer evento fora da conformidade. “Se nós tivéssemos um grupo de pessoas treinadas, que conhecessem o Protocolo de como agir em princípio de incêndio com qualquer equipamento simples, poderiam ter dado cabo da situação. É preciso que a gente aprenda com isso e treinem seus funcionários”, concluiu.
O Coordenador da Defesa Civil, Coronel Prudente, disse que “Feira de Santana não está preparada para combater grandes incêndios. A empresa também não estava preparada, não possuía rede de hidrante, a equipe não era treinada. Eu venho alertando há mais de 20 anos, que as pessoas devem se prevenir, como manda a Lei Municipal”. Segundo ele, a cidade deveria ter 5 quartéis do Corpo de Bombeiros e, no entanto, só possui 1. Feira de Santana possui mais de 600 mil habitantes e apenas 7 hidrantes.