Não vou mudar meu comportamento, diz prefeito após manifestação de moradores
Após essa declaração no Programa Acorda Cidade, os moradores seguiram até a Avenida de Contorno, na entrada do bairro 35º BI, onde realizaram um novo protesto com queima de pneus.
Moradores da Rua Olney São Paulo, no bairro Aviário, em Feira de Santana, realizaram na manhã desta sexta-feira (14) mais uma manifestação para cobrar a pavimentação da via, que foi interditada com madeiras e pedras, impedindo a passagem de carros. Apenas algumas motos conseguiam passar, porém com muita dificuldade.
O prefeito José Ronaldo de Carvalho, que já havia anunciado dois pontilhões para resolver a situação da rua, reafirmou que os pontilhões serão colocados, mas pediu paciência aos moradores, pois segundo ele, a situação só poderá ser resolvida após as chuvas.
"A pavimentação será realizada quando parar de chover. A reivindicação é um direito de todos, mas o fato dos moradores fecharem a rua não vai mudar meu comportamento”, afirmou.
Após essa declaração no Programa Acorda Cidade, os moradores seguiram até a Avenida de Contorno, na entrada do bairro 35º BI, onde realizaram um novo protesto com queima de pneus. A avenida ficou interditada e o trânsito engarrafado.
A Polícia Militar esteve no local da manifestação e acionou o Corpo de Bombeiros para apagar o fogo que os moradores colocaram nos pneus.
O morador Pedro Ferreira disse que devido às más condições da via uma mulher morreu, pela demora de chegar ao hospital. Ele disse ainda que o prefeito deve ir até o local para ver a situação em que está a rua.
“Um dia desses, uma senhora morreu porque não teve como passar aqui. Ela precisou ir pelo bairro Subaé e quando chegou ao hospital já era tarde. O certo é o prefeito vir aqui para olhar a situação e tomar providências”, afirmou.
Cleones Carvalho defendeu que o protesto é pacífico e que o objetivo é chamar a atenção das autoridades. “Os moradores do condomínio Ecoville não conseguem entrar em casa. Queremos chamar a atenção das autoridades para que elas vejam que não estamos aguentando mais. Não queremos prejudicar ninguém, mas a situação é insuportável. Pagamos nossos impostos e queremos ser respeitados”, declarou.
O taxista Carlos Antônio, que mora no condomínio Ecoville, reclamou dos transtornos causados pela situação e pediu solução para o problema. “Quando eles interditam aqui, a gente passa pelo bairro Subaé, mas os moradores também já estão interditando lá. A gente fica sem saber o que fazer. Eu quero fazer um apelo para que as autoridades olhem pela gente, porque eu me sinto lesado”, reclamou.
Ainda ao Acorda Cidade, José Ronaldo disse que já havia conversado com os moradores, durante o período da campanha, e informado que as obras na rua só poderiam ser realizadas após o inverno desse ano. Ronaldo disse que assumiu a prefeitura e necessitou de tempo para resolver questões burocráticas.
“Quando eu saí da prefeitura em 2008, essa comunidade do Ecoville ainda não existia. Outros condomínios que surgiram na rua também foram inaugurados nos últimos dois anos. Em 2008, eu assinei um contrato na Caixa Econômica Federal para pavimentação da rua Olney São Paulo, mas a obra não foi executada. No período eleitoral, eu fui até o Ecoville e os moradores mostraram a necessidade de pavimentação das ruas Olney e Três Irmãos. Recuperamos o contrato da Olney São Paulo e publicamos a licitação pública, porém houve recurso de uma empresa que perdeu. Mas, de qualquer forma, o assunto não seria resolvido agora por causa das chuvas”, explicou.
As informações são do repórter Paulo José do Acorda Cidade
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