Mulheres do campo e da cidade seguem em marcha pela garantia de direitos

^{Rachel Pinto}

No próximo dia (08) de março, em celebração ao Dia Internacional da Mulher e às lutas das mulheres será realizada em Feira de Santana uma caminhada com a participação de mulheres do campo e da cidade. Com o lema: Mulheres marchando por mais direitos, sem nenhum direito a menos, a caminhada sairá da Praça do Nordestino e irá em direção à prefeitura municipal, percorrendo diversas ruas da cidade.

Conceição Borges, vice-presidente da CUT – Bahia (Central Única dos Trabalhadores) e coordenadora do pólo sindical disse que o objetivo da caminhada é chamar a atenção para algumas pautas relacionadas às mulheres, especialmente sobre a questão da reforma previdenciária, na qual haverá mudanças para o homem e a mulher do campo e também sobre a violência contra a mulher.

“Nós estamos fazendo uma convocação especial às mulheres do campo e da cidade para amanhã sairmos em marcha. Mulheres marchando por mais direitos, sem nenhum direito a menos. Este ano estamos trazendo algumas pautas, como a proposta da reforma da previdência que já existe indicativo, de que vai haver alterações nos benefícios dos segurados especiais do homem e da mulher do campo, inclusive aumentando a idade. Nós vamos chamar a atenção do nosso povo. Porque mexer na previdência para o campo é tirar da gente o direito de continuar sobrevivendo, já que a produção de alimentos cada dia que passa ela se torna mais difícil. Amanhã também vamos travar uma grande luta que é sobre a violência contra a mulher”, explicou.

Participam da caminhada lideranças de mulheres, representantes de sindicatos e movimentos sociais de diversos municípios. Haverá um ato público em frente à prefeitura, chamando a atenção para a luta das mulheres e a conquista de direitos. Segundo Conceição Borges, é importante destacar também sobre a situação das delegacias especializadas de atendimento à mulher e sobre a questão da superlotação das maternidades e a forma como as mulheres são tratadas por estas instituições. “Temos as maternidades, que praticamente pararam de funcionar, as mulheres na hora de dar a luz passam por um processo extremamente agressivo e humilhante e a gente vai ter que chamar atenção para isso também”, destacou.

Lucivânia Gomes, secretária de mulheres do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Feira de Santana, acrescentou que muitos municípios da microrregião de Feira de Santana vão participar da caminhada com representações e também vão cumprir agendas e ações relacionadas ao tema da luta por direitos.“Os municípios que virão para esta caminhada vão realizar sua pautas individuais sobre a questão dos direitos e especialmente esta situação do setor previdenciário”.

Sobre alguns pontos relacionados às lutas do campo, Conceição Borges disse que o pólo sindical vai discutir sobre a urbanização do campo e a situação dos impostos. Em relação à produção de alimentos para o ano de 2016 ela afirmou que a população do campo está bastante animada com a safra, especialmente de cajás. “Tudo indica que haverá uma boa safra e a partir do dia 19 de março, dia de São José, vamos iniciar o plantio. Esperamos que seja um ano bom, um ano de muita fartura e boa produção no campo”, finalizou.