Laiane Cruz e Ney Silva
A administradora de empresa, Scheila Barros, que reside em Salvador, mas trabalha como assessora do Hospital Estadual da Criança (HEC), em Feira de Santana, ficou surpresa em não poder fazer uma doação de sangue na Fundação Hemoba da capital baiana. Segundo ela, o médico que a avaliou disse que não ia fazer a coleta pelo fato dela trabalhar em Feira, e a razão seria a tríplice epidemia de Dengue, Chikungunya e Zika Vírus que acomete a cidade.
“Ele me questionou se eu tinha vindo a Feira de Santana e eu informei que sim, que eu trabalhava aqui e vinha semanalmente. Por conta disso, eu fiquei impossibilitada de fazer a doação. E ele falou que eu só poderia doar se eu passasse trinta dias sem vir aqui”, relatou Scheila Barros.
O médico José Rogério Carneiro Cordeiro, que trabalha na unidade de coleta e transfusão do Hemoba em Feira de Santana, diz que as doações são feitas normalmente na cidade e não importa de onde venham os doadores. No entanto, segundo ele, aqui a triagem é bastante rigorosa.
“Aqui nós fazemos uma triagem rigorosa para saber se o doador estaria contaminado por zika, chikungunya ou dengue, ou se na comunidade dele teve, porque nós ficamos muito preocupados com uma coisa chamada janela imunológica, que é quando a pessoa é contaminada por um desses vírus, mas ainda não manifestou a doença. E esse período de incubação pode variar de três a sete dias”, informou o médico.
