Moradores protestam contra a suspensão de linha de ônibus no limite de Feira - São Gonçalo

Rachel Pinto

Os ônibus as empresa São João deixarão de circular nas localidades de Parque Viver e Jardim Aliança, limite dos municípios de Feira de Santana e São Gonçalo dos Campos. Na última terça-feira (22) houve uma manifestação, na qual um ônibus foi retido e a rodovia foi interditada. 

Após a manifestação, os moradores se reuniram com o secretário de Transportes e Trânsito do município de Feira de Santana, Pedro Boaventura, e apresentaram documentos indicando que pertencem a Feira de Santana, como contas de água e energia e título de eleitor. Segundo Boaventura, a decisão de retirar os ônibus de circulação partiu de um pedido de autoridades do município de São Gonçalo e a orientação é que o serviço seja mantido até o dia 31 de março. Após a apresentação das dificuldades dos moradores sobre a questão da interrupção do serviço, o secretário afirmou que haverá uma nova conversa para que haja um acordo.

“É uma área de unificação da malha urbana dos dois municípios em consequência do crescimento geográfico e isso faz com que as cidades comecem a se expandir. Os moradores retiveram os ônibus da empresa São João e interditaram uma BA. Isso não foi bom porque criou transtorno. Nos pediram uma audiência, todos vieram com documentação pessoal, mostrando que exercem suas atividades em Feira de Santana, pagam impostos e pediram que o poder público municipal mantivesse os ônibus. Então deliberamos por manter os ônibus até o dia 31 de março enquanto se conversa com as autoridades competentes para decidir a questão. Tenho certeza que logo isso será resolvido e essas pessoas serão atendidas”, disse.

José Carneiro Fernandes, representante do Movimento Somos da Feira, disse que o serviço de ônibus é essencial para as pessoas que trabalham e estudam em Feira de Santana. Segundo ele, os ônibus da empresa São João circulam até o horário de meia-noite, enquanto os veículos de São Gonçalo dos Campos só rodam até às 18h. José Carneiro destacou que a interrupção do serviços dos ônibus vai trazer muitas dificuldades para toda a população que utiliza o serviço. Além disso, trás a tona a discussão sobre os limites territoriais das duas cidades.

“O secretário confirmou que será interrompido e que haverá uma tolerância até o dia 31 de março, o que não era o que a gente desejava, uma vez que este é um serviço essencial. As pessoas que moram ali trabalham e estudam e não podem mudar a vida radicalmente em dez dias. Isso reafirma o problema do limite territorial que a comunidade sofre e problemas corriqueiros porque os dois municípios ficam empurrando um para o outro e isso não se resolve isso”, concluiu.

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Com informações e fotos do repórter Paulo José do Acorda Cidade