Mais um ponto de descarte irregular de lixo em Feira de Santana tem gerado indignação entre moradores. Desta vez, o problema é entre as ruas Alto de Santana e Amaralina, no bairro Gabriela. O acúmulo de entulho, restos de materiais, animais mortos e outros resíduos tem sido uma realidade constante há, pelo menos, cinco anos — mesmo com a coleta regular feita pela prefeitura.
Na manhã desta quarta-feira (9), a reportagem do Acorda Cidade foi ao local após solicitação do morador Wellington Miranda da Silva, que relatou o problema de perto. Ele, que possui um estabelecimento na região, transita pela via diariamente e pode confirmar a gravidade da situação.
“É uma situação bem delicada para nós que somos moradores da região.” Eu tenho a minha empresa aqui também. E aqui na esquina da Rua Alto de Santana com a Rua Amaralina, a gente tem um mini lixão, porque há cerca de cinco anos o pessoal faz descarte de lixo, animais mortos, bastante entulho.”
Segundo ele, apesar de a coleta acontecer a cada 15 dias, o problema persiste: o lixo volta a se acumular pouco tempo depois. Além dos problemas que trazem aos moradores, a situação se torna ainda pior para os estudantes da Escola Municipal Rubens Carvalho, que precisam estudar com o lixo a menos de 50 metros do local.
“Crianças passam aqui, a gente sabe que criança, tudo para ela é um brinquedo, pega um item do lixo. É uma situação de saúde pública que está afetando todo mundo. Bastante mosquito, sem sombra de dúvida, doenças, bactérias aqui a perder de vista e a gente espera de coração que a prefeitura tome uma posição”, pediu Wellington ao Acorda Cidade.
Além do lixo, Wellington aponta que parte do muro de um terreno na esquina está destruído, o que facilita ainda mais o descarte irregular. Ele cobra responsabilidade do proprietário do terreno e defende que o espaço seja devidamente murado.
“Esse muro, inclusive, foi derrubado devido às coletas do trator. Ele, passando próximo ao muro, acabou derrubando-o ao longo do tempo. A prefeitura tem que fazer um trabalho de fiscalização, colocando placas e fiscalizando mesmo. Porque se não fiscalizar, isso aqui nunca vai acabar.”
Wellington também chamou a atenção dos moradores para cuidar do espaço em que vivem e não contribuírem com a sujeira jogando lixo no local, mas sim, denunciando.
“Você mora aqui. É onde você tem onde morar e vai ficar vivendo em meio a essa situação? Desvalorizando seus bens e o próprio bairro. Nós somos gente, pessoas, a gente merece respeito também”.
Apesar de reconhecer o trabalho da prefeitura em realizar a limpeza, Wellington ressalta que a área não é um lixão e critica a falta de estrutura adequada para o descarte correto de lixo.
“Ela [prefeitura] limpa, mas não é o certo, aqui não é lixão. O local aqui é um bairro de residência, para o pessoal morar, não é um lugar para ter descarte de lixo. Não temos espaço adequado para ter um lixão”.
Por fim, ele reforça o pedido de conscientização dos moradores e propõe um estudo da prefeitura para aumentar a frequência da coleta de lixo na região.
“Procure fazer o seu descarte regular. Se também a prefeitura vê a necessidade de colocar mais vezes o caminhão do lixo para passar, que seja feito esse estudo e ajude a gente. Porque viver em meio a isso aqui ninguém merece.”
O Acorda Cidade entrou em contato com a Secretaria de Serviços Públicos (Sesp) e aguarda retorno.
Com informações do repórter Ed Santos do Acorda Cidade
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