Moradores do bairro Nova Esperança, em Feira de Santana, realizaram um protesto solicitando melhorias para o local. A manifestação, que ocorreu na manhã desta segunda-feira (6), na Avenida de Contorno, solicitava a instalação de pontos de iluminação próximo a uma passarela na entrada do bairro e a construção de um viaduto.
Em entrevista ao Acorda Cidade, a moradora Railane Rodrigues de Oliveira disse que o ato serviu também para chamar atenção sobre a necessidade da reabertura de um acesso na via, para quem vem da Avenida Tomé de Souza. Para ela, as autoridades erraram ao fechar a passagem sem antes adequar a passarela.
“A passagem que tinha, que facilitava pra gente ir e vir, foi fechada. Queremos primeiro a iluminação, porque pra passar na passarela escura é um risco que a gente corre. Fecharam as passagens, e a gente sabia que era provisório, que em algum momento isso iria acontecer, mas primeiro tem que vir a iluminação, porque pra gente passar na passarela a gente tem que ter segurança e, no mínimo, dignidade”, disse a moradora.
“E não é só risco de assalto, para nós, mulheres, tem outro risco ainda maior, porque a gente tem receio de estar alguém à espreita esperando uma oportunidade para ser até violada. Porque a gente sabe como está a violência hoje em dia. Então, esse bairro é um bairro que está abandonado faz tempo. A gente tem outras reivindicações, mas a principal reivindicação é essa: a possibilidade de um viaduto e a questão da iluminação aqui nessa região, que infelizmente não existe”, complementou a moradora.
Railane lembrou que, mesmo a Polícia Rodoviária Federal (PRF) tendo se pronunciado contra a passagem, afirmando que ela representava um risco para quem fazia uso desse artifício para atravessar a Avenida de Contorno, a falta de sinalização adequada e a ausência de quebra-molas podem estar contribuindo para outros acidentes de trânsito.
“O problema não é a passagem, e sim o descaso que acontece nesse bairro. Estamos desprezados. Nós nos sentimos aqui abandonados, em cárcere privado. A minha avó, dona Marlene, tem 70 anos. Precisou se mudar do bairro, teve que ir para o outro lado porque ela não consegue passar na passarela. Ela não consegue atravessar aqui. Então, a gente está sendo prejudicado em muitas áreas. São moradores de anos aqui que tiveram que ir embora por conta da falta de atenção que temos aqui”, concluiu a moradora.
Confira outras fotos da manifestação
Com informações do repórter Paulo José, do Acorda Cidade
Reportagem escrita pelo estagiário de jornalismo Jefferson Araújo sob supervisão
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