Moradores do bairro Jardim Cruzeiro sofrem há cerca de 20 anos com descarte irregular de lixo na rua Campo Formoso

Moradores da rua Campo Formoso, no bairro Jardim Cruzeiro em Feira de Santana, vem em uma luta constante para combater o descarte irregular de lixo que acontece há cerca de 20 anos em um trecho da rua.

Em entrevista ao Acorda Cidade, a moradora Vanessa Borges explicou que até uma simples refeição virou um sofrimento, devido ao mau cheiro que alcança as casas no entorno do local.

“Nossas casas cheias de muriçoca, cheias de barata, rato, escorpião. A gente vive nesse meio. E imagine você sentar para fazer uma refeição e não conseguir por causa do odor. Não é fácil, é impossível”.

O local se tornou um ponto onde moradores e carroceiros se habituaram a acumular lixo e entulho. Vanessa conta que a prefeitura realiza o recolhimento do lixo, mas o problema persiste e precisa de fiscalização. Para ela, a pavimentação do trecho pode representar também uma solução.

“A prefeitura vem, recolhe, mas o povo continua fazendo descarte de lixo. Já pedimos uma solução definitiva, que é pavimentar esse restante de rua. Várias solicitações na Soma junto ao secretário, mas a gente não tem retorno”.

A moradora relata que já acionou o poder público de diversas formas possíveis, mas nenhuma repartição foi ao local averiguar a situação. Ela acredita que a falta de pavimentação faz com que as pessoas entendam que o local se trata de um terreno baldio, e se aproveitam da situação.

“A gente nunca sequer recebeu uma visita deles, essa pauta já foi levada para a Câmara de Vereadores. Tem dois dias que a gente não consegue almoçar porque o fedor de carniça é absurdo”

Além do lixo diário, Vanessa conta que restos mortais de animais também são descartados, o que só piora o mau cheiro. Ela contou que até cadáver  humano já foi encontrado no local.

“Jogaram aqui dois corpos humanos. Um desses, eu passei e pensei que era um cachorro. Quando acionei a Secretaria de Serviços Públicos, que detectaram que era um corpo” 

“Eu tenho vários embates com carroceiros, com caçambeiros, já fui ameaçada, tive que chamar a polícia, mas a gente não consegue resolver essa situação”, completa.

O Acorda Cidade entrou em contato com as Secretarias Municipais de Serviço Público (Sesp) e de Obras e Manutenção (Soma), e aguarda retorno sobre a situação.

Com informações do repórter Paulo José do Acorda Cidade

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