Ney Silva
Moradores da rua Pacoty, transversal da rua Japão no bairro Caseb, estão reclamando da falta de infraestrutura. Um esgoto a céu-aberto no final da Pacoty vem causando transtornos a comunidade.
Mais de vinte casas tiveram que sofrer adaptações em suas estruturas para evitar alagamentos. Algumas pessoas reformaram suas casas completamente tendo que alterar a altura das paredes, telhado e piso. Darcy Carneiro, que mora bem próximo ao esgoto fez um investimento na residência para não se mudar da rua. Ela explicou que os órgãos públicos como Prefeitura e Conder (Companhia de Desenvolvimento Urbano do Estado da Bahia) já foram acionados, mas ninguém tomou providencias.
“Dirigentes da Conder dizem que o problema é da Prefeitura que empurra para o órgão estadual”, afirma Darcy. Segunda ela, como ninguém resolveu a situação, toda vez que chove a água invade as residências.
A outra moradora, Geane Jussara, também fica prejudicada quando chove. Ela teve que levantar uma contenção de um metro na porta de casa para evitar o alagamento. Ela reside na rua há 20 anos e disse que vem sofrendo demais. “As crianças estão com micoses na pele por causa da falta de infraestrutura”.
Os três netos de Geane têm renite alérgica. Ela informou que quando chove a água se espalha pela rua piorando o estado de saúde deles. “A solução para amenizar o problema foi colocando essa barreira na minha porta”, disse .
Reginalva de Jesus, também residente na rua Pacoty explicou que não consegue sair na rua quando chove e fica sem levar a filha na escola. “A água se mistura com fezes e a gente fica pisando”, reclama.
Questionado sobre a situação da rua, o secretário de Desenvolvimento Urbano, José Pinheiro disse que não pode fazer nenhuma intervenção porque a competência é da Conder.
Segundo ele, caso a Prefeitura queira construir um canal de macro-drenagem estaria cometendo crime ambiental.