Daniela Cardoso e Ney Silva

Com apoio do Ministério da Agricultura, do Programa Nestlé Nutrir Crianças Saudáveis e do Instituto Tomie Ohtake, 70 merendeiras da rede municipal passaram por um treinamento nesta segunda-feira (13). O Projeto Arte e Sabor é promovido pela secretaria municipal de Educação e foi realizado na escola municipal Elizabeth Johnson no bairro Baraúnas.

Produtora do Instituto Tomie Ohtake, Simone Castro, informou que o treinamento das merendeiras tem por objetivo verificar que a educação é feita por todas as pessoas que trabalham nas escolas, incluindo essa categoria. “Esse treinamento se baseia basicamente nos ingredientes que as merendeiras já têm e fazer com que elas criem receitas diferentes e mais atrativas”, disse.

Ela explicou ainda que o curso engloba palestras com nutricionistas, médicos, contação de histórias e a ideia é também falar de arte. De acordo com Simone, a ideia é trabalhar a educação como um todo, se baseando na história de cada merendeira, que tem um papel fundamento nesse processo.

A merendeira Antonieta Ribeiro Pereira, que trabalha há 30 anos, mostrava-se feliz com o treinamento. Segundo ela, tudo que foi ensinado foi maravilhoso, principalmente um hambúrguer feito com sobras de feijão e arroz. “Eu gosto do trabalho que faço. É tudo com amor e carinho e os alunos pedem pra repetir”, afirmou.

A também merendeira Lurdes Mascarenhas avaliou que o treinamento foi muito positivo. “Nós estamos aqui aprendendo como utilizar tudo que vem da merenda escolar, principalmente ao fazer um prato nutritivo apresentável e gostoso”, observa.

A professora de culinária Rita de Cássia Oliveira Luiz, responsável pelo treinamento das merendeiras, disse que esse curso resulta numa troca de experiências entre as merendeiras. “Eu fico encantada ao participar de um projeto desse porte, que vem enriquecer o conhecimento”, afirmou.

Ela explicou que foram feitas nove receitas, sendo seis salgadas e três doces, todas com ingredientes da agricultura familiar. Segundo ela, houve valorização dos produtos da terra e citou um chips de batata doce.

Sobre o hambúrguer de feijão e arroz, Rita de Cássia explicou que essa foi uma forma de mostrar que é possível criar pratos mesmo se houver limitações dentro da cozinha. “Procuramos muito mais do que passar receitas e sim mostrar técnicas para que as merendeiras tenham capacidades de criar”, salientou.