Daniela Cardoso
Muitas pessoas desconhecem os danos que o descarte irregular de medicamentos provoca ao meio ambiente. Membro do grupo técnico de medicamentos da Bahia, Itaitara Magalhães, esteve na manhã desta terça-feira (3) no programa Acorda Cidade, para falar sobre o assunto. Em Feira de Santana, segundo afirmou, o trabalho ainda está tímido. Ela informou que a cidade possui cinco pontos de coleta.
“Tem cinco pontos em Feira. Uma farmácia na Senhor dos Passos (Pague Menos), uma na Avenida Getúlio Vargas (Pague Menos), uma na João Durval (Pague Menos), uma no Boulevard shopping (Farmácia do Bom Preço) e outra no conjunto Feira V ( Farmácia Brito). Uma empresa autorizada pela ANVISA faz a coleta nesses pontos. Depois todo o material é levado para ser incinerado. A incineração também traz transtornos ao ambiente, mas ainda não temos outra alternativa. Estamos estudando junto com universidades”, informou.
De acordo com Itaitara Magalhães, um quilo de medicamento contamina 450 mil litros de água. Ela ressalta que os medicamentos não podem ser descartados em lixo comum, nem em vasos sanitários, como muita gente faz. “Se os medicamentos são jogados aleatoriamente no meio ambiente, causa um estrago muito grande”, disse.
Ela explica como funcionam as máquinas que fazem a coleta. “São urnas que coletam os medicamentos vencidos ou sobras de medicamentos, que não serão mais usados. O equipamento tem dois lados, um que recebe o medicamento e outro que recebe a caixa e a bula. Se o medicamento é liquido, ele deve ser levado dentro do vidro. Se o liquido derramou na caixa, essa caixa está contaminada e deve ser jogada do lado do medicamento. É uma urna totalmente segura, que tem uma leitura ótica. Se a pessoa tem a caixa do medicamento, só é levar e passar na leitura. Se não tem a caixa, o farmacêutico está orientado a ajudar”.