Moradores da Rua São Cristóvão, no bairro Santa Mônica, entraram em contato com o Acorda Cidade para relatar problemas que têm enfrentado por conta da instalação de uma marmoraria em uma casa da rua. Segundo os moradores, inicialmente o proprietário do estabelecimento informou que seria um depósito, mas com o passar do tempo o serviço com as peças de mármore começou trazendo barulho, muita poeira e riscos com o pó que é extraído do trabalho.
Segundo um morador próximo, que prefere não se identificar, há oito meses que o dono informa que vai resolver a situação, mas até o momento nada mudou. Enquanto isso, o pó do mármore e o barulho têm prejudicado a saúde de pessoas da família, além do adoecimento das plantas e degradação das casas próximas.
“Está prejudicando a nossa residência, filhos, nossas plantas, destruindo tudo. A gente entendeu no início que seria um depósito, mas depois acabou sendo marmoraria. É noite e dia direto. Minha esposa está com problema de garganta por conta do pó do mármore. Ele diz para gente que vai resolver, mas até agora nada”, explicou ao Acorda Cidade.
Érico Dutra mora próximo há mais de 40 anos. Ele explica que conversou com o proprietário e que inclusive houve diálogo, mesmo assim a situação não se resolveu. Segundo ele, além do barulho, a máquina faz muita poeira, gerando um pó branco que cobre os carros e as plantas, chegando até o interior das casas.
“Eu reclamei com ele que a máquina faz muita zuada e muita poeira, os carros de manhã ficam com uma nata branca de poeira, o quintal, as plantas e ele disse que iria resolver”, contou.
Para o morador, a questão não tende a se resolver, pois outra máquina já chegou na casa para dar continuidade aos serviços. Além disso, ele disse que já denunciou a situação no Fala Feira, na Secretaria do Meio Ambiente (Semmam), e inclusive foi ao Ministério Público, mas até o momento nada foi resolvido.
“Além do barulho da serraria, dos cortes e da poeira, eles ainda cortam em cima do passeio e a poeira vem toda pela frente. Sem falar nos caminhões que param em frente e ficam ligados, funcionando, o cheiro do gás carbônico vem para dentro de casa, às vezes eu peço para tirar para eu poder sair com meu carro. Já chegaram aqui às 3h30 da manhã para descarregar um caminhão, sete homens conversando, aquela zoada”, relatou.
Em resposta, a Semmam informou que recebeu uma denúncia na manhã de segunda (9) e durante a tarde encaminhou um fiscal à marmoraria para verificar o ocorrido.
Segundo a Semmam, o fiscal notificou a empresa e suspendeu de imediato a poluição atmosférica e sonora que estava causando no ambiente, bem como solicitou a apresentação na secretaria, no prazo de cinco dias, a Licença Ambiental e o Alvará de Funcionamento expedido pela Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano (Sedur).
A Semmam disse que continua monitorando a marmoraria.
Com informações do repórter Ed Santos do Acorda Cidade
Siga o Acorda Cidade no Google Notícias e receba os principais destaques do dia. Participe também dos nossos grupos no WhatsApp e Telegram