Manifestação

Manifestantes conta o impeachment reivindicam direitos trabalhistas

Edimilsom Cerqueira diretor de comunicação do Sindicato dos Bancários reforçou o posicionamento da sua colega e disse que também considera absurdo o afastamento da presidente Dilma Roussef.

Rachel Pinto

Como parte das manifestações realizadas em todo o país nesta terça-feira (10), trabalhadores convocados pelas centrais sindicais foram às ruas de Feira de Santana para dizer que "são contra o impeachment e que querem a continuidade de seus direitos trabalhistas".

Sandra Feitas, presidente Sindicato dos Bancários de Feira de Santana, disse que a categoria quer preservar a democracia e defender o voto contra qualquer tipo de golpe nas instituições. De acordo com ela, os bancários não aceitam este tipo de investida contra os trabalhadores e a situação política do país configura-se como um golpe claro e latente.

“A Câmara Federal junto com o Senado está querendo tirar da presidência uma mulher que foi legitimamente eleita com 54 milhões de votos. Os bancários estão sofrendo como todos os trabalhadores do país. Estamos vivendo um momento incertezas, estamos sofrendo a ganância dos banqueiros que no seu dia-a-dia vão demitindo os trabalhadores, sobrecarregando os que estão na ativa; tanto que nosso adoecimento é muito grande, ultrapassa os 30%”, destacou.

Edimilsom Cerqueira diretor de comunicação do Sindicato dos Bancários reforçou o posicionamento da sua colega e disse que também considera absurdo o afastamento da presidente Dilma Roussef. Ele pontuou que o movimento dos trabalhadores "é contra o golpe e principalmente contra a possível perda de direitos dos brasileiros".

“O movimento de hoje não é só contra o golpe. Esse Dia Nacional de Luta é contra um possível governo que já anuncia com seus prepostos a retirada de direitos dos trabalhadores conquistados há 50 anos. Estamos protestando contra o novo congresso que vota coisas que a população não tem conhecimento como retirada de direitos contra o povo brasileiro”, observou.

A secretária de políticas públicas do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado da Bahia (APLB- Feira de Santana), Lucimeire dos Santos, contou que a categoria está muito preocupada com o futuro que o Brasil pode tomar com as novas dimensões políticas. Ela destacou que os professores aderiram de forma positiva ao movimento e também são contra o afastamento da presidente e a retirada de direitos.

“Os professores resolveram parar porque esta situação atinge não só os trabalhadores, mas toda a nossa classe. Estamos protestando contra a retirada de direitos adquiridos. Somos contra temos e queremos garantir o direito ao nosso voto”, completou.

“Não vai ter golpe não vai ter luta”, foi entoando a frase que os manifestantes repetiram que o professor Ubiratan Silva Reis da APLB de Irará afirmou o seu posicionamento. Ele disse que o processo de impeachment sem crime de responsabilidade é golpe. “Hoje os trabalhadores estão nas ruas para dizer não a essa tomada de poder sem o processo democrático. Nós defendemos plebiscito para uma nova eleição. O vice-presidente Michel Temer já sinaliza alguns retrocessos”, finalizou.

Com informações e fotos do repórter Paulo José do Acorda Cidade.