Rachel Pinto
Na manhã desta quarta-feira (9), várias pessoas fizeram uma manifestação na frente do Fórum Desembargador Filinto Bastos, em Feira de Santana, a favor da libertação de Jonas Souza de Jesus, de 55 anos, conhecido como Tio Jonas, diretor da Creche do Tio Jonas, no bairro Conceição. Ele está preso desde o mês de setembro de 2015, acusado de abusar sexualmente de uma criança de 11 anos.
Segundo Edna Maria, a manifestação teve o objetivo de pedir a liberdade de Tio Jonas, que para ela, é um homem muito sincero e está sendo acusado de um fato que não aconteceu. De acordo com ela, seus nove filhos estudaram na creche, atualmente são os seus netos que estudam e nunca houve nenhum problema.
“Estamos fazendo o protesto porque queremos a liberdade de Jonas e ele está preso inocentemente. Tio Jonas é um cara batalhador e ele não fez nada disso que está sendo acusado. Não acredito e não aconteceu. Porque eu conheço ele há 33 anos. Eu tenho nove filhos, todos eles passaram pela creche e agora são meus netos”, afirmou.
Edna afirmou que depois que Tio Jonas foi preso houve muitas mudanças na creche. Ela disse que os horários sofreram alterações, assim como a metodologia de ensino. Ela ressaltou também que os moradores estão insatisfeitos com a situação.
O advogado de Tio Jonas, Marco Aurélio, explicou que o processo está em fase de apresentação de alegações finais da defesa. “O Ministério Público já apresentou alegações e nós da defesa estávamos aguardando uma comunicação da secretaria de educação do município porque em relação a uma circunstância fática dita pela mãe da criança, nós pedimos uma diligência”, explicou.
Para o advogado, existe uma situação criada pela mãe da criança de caráter duvidoso. Segundo ele, há um ponto relevante em relação à frequência escolar e a perda do bolsa família. “No nosso sentir é uma possibilidade dela ter dito isso para justificar a evasão e recuperar o bolsa família. O processo no mínimo é duvidoso e não se pode condenar ninguém ainda que tratando-se de crime relacionado à violência sexual. Não se pode condenar alguém somente com a palavra da vítima. Principalmente quando os depoimentos são contraditórios entre si”, ressaltou.
Marco Aurélio contou que está temeroso que aconteça uma injustiça com o seu cliente e disse que vai protestar para que seja feita uma avaliação sistemática da prova. “Vamos aguardar e de qualquer sorte, qualquer que seja o posicionamento do magistrado, o caso será levado ao duplo grau de jurisdição para que o tribunal possa reavaliar se sobrevier uma condenação que a gente espera que não ocorra”, concluiu.
Com informações e fotos do repórter Ed Santos do Acorda Cidade.
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