Daniela Cardoso
Familiares e amigos do comerciante Manoel Carlos Santana, 61 anos, realizaram uma manifestação na tarde desta sexta-feira (24) para cobrar justiça. Ele morreu na tarde do último domingo (19) no Hospital Geral Clérinston Andrade, onde estava internado desde que foi amarrado e queimado na tarde de sábado (18), dentro do próprio estabelecido na Avenida Durval, em Feira de Santana.
O acusado de praticar o crime, Gerônimo Navarro da Silva Filho, conhecido como Júnior ou Cabelinho, foi ouvido na delegacia na última quarta-feira (22), porém foi liberado, devido a Lei Eleitoral.
A manifestação pacífica aconteceu em frente ao estabelecimento onde a vítima foi assassinada. Os manifestantes colocaram um túnel e uma faixa, mas o trânsito no local não foi totalmente obstruído. Porém, eles finalizaram o protesto bloqueado, por alguns minutos, o viaduto do cruzamento das avenidas João Durval e Getúlio Vargas.
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Segundo um amigo do comerciante, que preferiu não se identificar, o objetivo da manifestação é mostrar a insatisfação com a justiça brasileira. “Infelizmente nosso amigo morreu e até agora a justiça não foi feita. Não queremos guerra e sim paz. Ele era uma pessoa de bem, pai de família, amigo e não merecia o que aconteceu com ele”, afirmou.
José Lopes, que tem um comércio ao lado de onde o comerciante foi morto, informou que conhecia a vítima há muitos anos. Ele disse que não se conforma com o que aconteceu e cobrou justiça.
“Eu o conhecia há 10 anos e ele sempre foi uma pessoa que estava pronta para ajudar. Era um homem honesto que trabalhava de domingo a domingo e aconteceu isso. A gente não pode se conformar. Não imaginava que um dia eu ia ver meu amigo em uma bola de fogo”, lamentou.
Durante a manifestação, eles incendiaram um tonel para simbolizar o momento em que a vítima estava em chamas.
As informações são do repórter Ed Santos e Ney Silva do Acorda Cidade do Acorda Cidade