Andrea Trindade
Desde às 4h da manhã desta terça-feira (10) o sentido Feira de Santana/Salvador da BR-324 foi bloqueada por manifestantes que protestam contra o impeachment da presidente Dilma Rousseff. O bloqueio foi feito inicialmente no viaduto Portal do Sertão, provocando um longo congestionamento nos kms 518 e 527 da rodovia, que já foram liberados, e o trânsito flui normalmente neste trecho.
Bloqueio – Os manifestantes seguiram e realizaram novo bloqueio em frente a entrada do distrito de Humildes,Km 526, em Feira de Santana, no sentido Salvador, com retenção de aproximadamente 6 km. Também houve manifestação no Km 592 (Candeias), no sentido Feira de Santana, com retenção de aproximadamente 5k, até as 8h. O movimento está sendo monitorado pela Polícia Rodoviária Federal e Viabahia.
Os bloqueios em cada trecho são temporários. Às 8h uma faixa do km 526 (Posto Subaé), sentido Salvador, foi liberada, e 20 minutos depois foi totalmente liberada, neste trecho.
Rodoviários não participam
A manifestação foi convocada por centrais sindicais e deve prosseguir até as 10h. Os professores da rede municipal e estadual de Feira de Santana, através da APLB- sindicato, aderiram ao movimento. Já os rodoviários desistiram da participação por estarem em período de campanha salarial.
O vice-presidente do Sindicato dos Rodoviários de Feira de Santana (Sintrafs), José Souza, informou ao Acorda Cidade que os donos das empresas de ônibus se reunirão com a categoria na tarde desta terça-feira para uma negociação e suspenderam a paralisação.
“A participação pode prejudicar nossa campanha salarial, poderia confundir, mas como os empresários resolveram abrir este canal de negociação vamos aguardar pra ver o que eles têm a nos oferecer. De não chegarmos a um acordo vamos ter que publicar um edital e fazer uma greve por tempo indeterminado em Feira de Santana. Entregamos a pauta em março e até hoje só tivemos uma reunião”, disse.
Segundo José Souza, os motoristas e cobradores de ônibus reivindicam reajuste salarial de 15%, tickets, plano de saúde familiar. Eles também são contra a possível contratação através de empresas terceirizadas.
Com informações do repórter Paulo José do Acorda Cidade