Laiane Cruz e Ney Silva
O Centro de Atendimento ao Diabético e Hipertenso (CADH), da Secretaria Municipal de Saúde, realizou, neste sábado (12), uma grande ação, denominada ‘Feira de Olho no Diabetes’. Mais de mil pessoas compareceram ao estádio Joia da Princesa, onde mais de vinte estandes foram instalados com a participação de cerca de 30 médicos, enfermeiros, nutricionistas e profissionais de outras áreas. A ação fez parte da programação em comemoração ao Dia Mundial do Diabetes, comemorado na próxima segunda-feira (14).
Atualmente, a doença atinge mais de 360 milhões de pessoas no mundo, e até 2035, a Federação Internacional de Diabetes (IDF) estima que mais de 550 milhões de pessoas em todo o planeta terão a doença.
A coordenadora do CADH, Andreia Silva, destacou que o projeto conquistou diversos parceiros e neste ano ganhou uma dimensão tão grande que não foi possível realizá-lo no estacionamento da prefeitura, como nos anos anteriores.
“Tivemos apoio da prefeitura municipal, através da Secretaria de saúde, e parceiros que apostaram no nosso projeto. Foram vinte e dois serviços oferecidos, como exame de fundo de olho, atendimentos com cardiologistas, endocrinologistas e exame do pé diabético”, disse.
A endocrinologista Jeruza Brandão, que participou da ação junto à comunidade, alertou que o diabetes pode provocar diversas complicações, a exemplo da cegueira súbita. Segundo ela, a doença é silenciosa e por isso o foco da ação foi o exame de fundo de olho e a prevenção.
“A gente veio fazer rastreamento, fizemos mais de mil glicemias, e isso é importantíssimo porque a gente consegue detectar a doença e evitar as complicações. O problema maior é a pessoa ter o diabetes e não ter o diagnóstico. E hoje as estatísticas mostram que a pessoa quando descobre o diabetes já tem a doença há pelo menos sete anos”, salientou a médica.
Doutora Jeruza explicou também que o tratamento para o diabetes deve ser multidisciplinar, pois a doença pode trazer consequências para vários órgãos. De acordo com ela, a doença provoca a elevação da glicemia, o que pode causar sede intensa e a urina constante.
“No momento que vão chegando as complicações, ela pode atingir olho, coração, nervos. Então existe todo um envolvimento do neurologista, angiologista, por causa da parte circulatória, o coração, o olho, os rins, pois é importatíssimo a nefropatia diabética; o diabético também é um paciente de risco para a insuficiência renal. Hoje o diabetes é uma das maiores causas de mortes no mundo, de infarto e derrame, porque ele funciona como deflagrador de outras doenças, e a gente precisa combater essa epidemia”, ressaltou a endocrinologista.
As informações e fotos são do repórter Ney Silva do Acorda Cidade.