Violência à Mulher

Mais de 5 mil mulheres foram agredidas em Feira de Santana em 2011

A delegada explica que a sociedade vive um momento de violência simbólica, onde as músicas tratam as mulheres de forma pejorativa, além da violência no trânsito, que muitas vezes se reflete na violência doméstica.

Daniela Cardoso

Dia 25 de novembro foi instituído pela Organização das Nações Unidas (ONU) como o Dia Internacional da Luta Contra a Violência à Mulher. A titular da Delegacia de Apoio a Mulher (Deam), Ana Virgínia, falou ao Acorda Acidade sobre o assunto. De acordo com ela somente este ano mais de 5 mil ocorrências foram registrados no órgão. “Os números são muito altos e assustam”, disse.

A delegada Ana Virgínia afirmou que muitas mulheres se encorajaram a denunciar seus companheiros agressores depois da vigência da Lei Maria da Penha. “A lei encorajou as mulheres a exercer os seus direitos, elas estão procurando mais a delegacia, então é um resultado positivo. Temos que aplaudir essas mulheres que tem a coragem de denunciar”, comemorou.

De acordo com a delegada os tipos de agressões mais comuns são lesão corporal e ofensas morais, além das ameaças. Ela explicou que após a denúncia, o inquérito policial é instaurado, os exames médicos são realizados, caso necessário, depois as pessoas são ouvidas e o inquérito é formalizado e encaminhado para o poder judiciário.

A delegada explica que a sociedade vive um momento de violência simbólica, onde as músicas tratam as mulheres de forma pejorativa, além da violência no trânsito, que muitas vezes se reflete na violência doméstica. De acordo com ela algumas mulheres são orientadas a saírem de casa e são encaminhadas para o Centro de Referência.

Ana Virgínia alertou que as mulheres não podem sofrer caladas. “Elas devem procurar uma delegacia, elas precisam procurar ajuda”, destacou. As informações são do repórter Paulo José do Acorda Cidade.