Feira de Santana

Mais de 300 pessoas são atendidas pelo Programa Consultório na Rua

São 341 pessoas cadastradas no programa e os atendimentos são realizados em locais fixos.

Rachel Pinto

O Programa Consultório na rua, que faz parte da atenção básica da Secretaria Municipal de Saúde de Feira de Santana, já tem mais de 300 pessoas cadastradas. A enfermeira referência deste serviço, Darlene Santos, explicou como o programa funciona, seus objetivos e principais ações. Segundo ela, a iniciativa oferece atenção básica para pessoas em situação de rua através de uma equipe multiprofissional composta por médico, enfermeiro, assistente social, psicólogo e técnico de enfermagem.

Foto: Ney Silva/Acorda Cidade

Darlene observou que são 341 pessoas cadastradas no programa, e os atendimentos são realizados em locais fixos, como as praças da Cidade Nova, Kalilândia, Matriz, Tomba e Centro de Abastecimento e também nos centros de recuperação.

“Vamos nesses locais que têm pacientes em situação de rua para dar continuidade a atendimentos que foram iniciados na rua, ou pacientes com outras demandas encaminhadas por equipamentos públicos”, disse.

A enfermeira revelou que entre os maiores problemas identificados em pessoas de situação de rua destacam-se o alcoolismo e as drogas.

Ela disse ainda que há pessoas com problemas psicológicos, doenças de pele, infecções sexualmente transmissíveis e de forma geral são pessoas com vínculos familiares rompidos ou fragilizados. Em dois anos de funcionamento, houve seis registros de pacientes que a partir do trabalho do programa se reaproximaram dos laços familiares.

“Nós trabalhamos em parceria com todos os outros equipamentos, trabalhamos em parceria com o Hospital da Mulher, o Centro Municipal de Diagnóstico por Imagem (CMDI) e o CSE. São equipamentos onde são realizados exames e os pacientes são encaminhados para o tratamento. A gente faz o trabalho de busca da família quando o paciente permite, quando eles nos dão essa autorização para ir em busca da família. A gente tenta a reaproximação com o vínculo familiar, mas por vezes o paciente já tem vínculos tão fragilizados, tão rompidos que permanecem fragilizados mesmo. Seis pacientes já retornaram ao vínculo familiar em dois anos de trabalho. Parece pouco, mas diante da vivência e das demandas destas pessoas consideramos como um número muito bom”, afirmou.

Com informações do repórter Ney Silva do Acorda Cidade.