Maioria dos casos de abuso sexual contra crianças acontece no âmbito familiar
Maioria dos casos de abuso sexual contra crianças acontece no âmbito familiar
Maioria dos casos de abuso sexual contra crianças acontece no âmbito familiar
Maioria dos casos de abuso sexual contra crianças acontece no âmbito familiar
Daniela Cardoso
Uma caminhada foi realizada na tarde desta segunda-feira (13), em Feira de Santana, pelo Dia Nacional de Luta contra o Abuso e a Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes. Michele Lustosa, coordenadora do Centro Regional Especializado em Assistência Social (Creas) Baraúnas, ressaltou a importância da mobilização.
De acordo com a coordenadora, é preciso mostrar para a sociedade que o abuso é uma realidade, e que infelizmente é uma situação que reproduz impactos negativos na vida das crianças e dos adolescentes. “É importante que as pessoas denunciem”, frisou, lembrando que essa denúncia pode ser anônima.
Michele Lustosa informou que muitos casos, inclusive dos que são atendidos pelo Creas, começam no âmbito familiar. “Muitas vezes o pai, um irmão, ou um primo é o agressor. O abuso não acontece necessariamente externo à família.”
O Cras trabalha com a prevenção e o Creas trabalha com a violência em si, explicou a coordenadora. “As crianças e os adolescentes que sofrem esse tipo de violência são acompanhados pelo Creas e tem um atendimento psicossocial e jurídico continuado na perspectiva da reversão dos traumas causados pela violência.”
No ano passado, foram registrados na cidade 129 casos de abuso e exploração sexual infantil, sendo 22 de abuso sexual a crianças do sexo masculino, 76 do sexo feminino, 14 casos de exploração sexual a crianças do sexo masculino e 17 do sexo feminino. Em janeiro e fevereiro deste ano foram registrados 9 e 5 casos, respectivamente.
O secretário municipal de Desenvolvimento Social, Ildes Ferreira, também falou sobre o papel do Creas e do Cras e ressaltou que todos devem se empenhar nessa luta. “É uma violência inadmissível. Isso é intolerável e só será resolvido com a mobilização da sociedade. As famílias devem acompanhar seus filhos e em caso de suspeita, devem tomar providências. O governo tem a obrigação de ajudar para assim evitar que esse tipo de violência aconteça. O Creas e o Cras tem papel fundamental nessa luta”.
As informações são do repórter Ney Silva do Acorda Cidade
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