Dia Mundial do Autismo

Mãe de autista cobra reabertura de associação

Cleide explicou que a concentração do autista é de apenas 5 a 10 minutos, por este motivo ela destaca a importância de uma escola especializada, onde os autistas possam ser atendidos durante todo o dia

Daniela Cardoso

 
Uma exposição de artes está sendo realizada nesta segunda-feira (2) no estacionamento da prefeitura de Feira de Santana para marcar o Dia Mundial de Conscientização sobre Autistas. Cleide Martins Almeida, mãe de autista, esteve presente no evento. Ela afirmou que tem muito a comemorar, porém lamentou a falta de apoio do município.
 
“O único apoio que existe é no Caps, mas não tem, por exemplo, uma escola especializada. A associação está fechada quase três anos, então não tem apoio”, afirmou.
 
Cleide explicou que a concentração do autista é de apenas 5 a 10 minutos, por este motivo ela destaca a importância de uma escola especializada, onde os autistas possam ser atendidos durante todo o dia
 
“Imagine essa criança em uma escola normal, onde ela se dispersa com qualquer atividade? Na associação ou na escola tem um profissional para cada autista, então se aquela concentração estoura, o profissional já procura outra atividade para ele desenvolver”, explica.
 
Cleide ainda lembrou que é necessário que os pais de autistas tenham apóio para que saibam quais são as atividades que devem fazer com os filhos na rua e em casa. Ela destaca que o autista pode e deve ser inserido na sociedade e diz que as pessoas precisam compreender o que é o autismo para aceitar as suas limitações e suas formas diferentes de se expressar. 
 
“As pessoas sentem medo quando um autista se aproxima, pois ele fala do seu modo e para as outras pessoas aquela conversa não tem nexo. A vida do autista é mais limitada, mas quando se trabalha isso desde pequeno ele consegue interagir com outras pessoas, meu filho interage com todo mundo hoje em dia”, comemorou.
 
Cleide ressaltou a importância do tratamento aliado ao amor e ao carinho. “No início o autista ouve, mas só responde o que agrada. Ele fica mais no mundo dele, então quando descobrimos que o nosso filho é autista temos que procurar tratamento como psicólogo, neurologista, fonoaudiólogo, além dos tratamentos para que ele tenha uma vida o mais próximo do normal. Outro fator importantíssimo é o carinho e o amor”.
 
As informações e fotos são do repórter Paulo José do Acorda Cidade