Moradores do bairro Irmã Dulce, em Feira de Santana, estão sofrendo com o acúmulo de lixo em um trecho da rua Lopes Rodrigues. A área, que serve para descarte irregular de entulho, móveis velhos e lixo doméstico há cerca de 15 anos, preocupa ainda mais a população por ficar ao lado da Escola Municipal Adenil Falcão.
“Esse lixão sempre traz roedores, escorpiões e outros insetos que são malfeitores para toda a população. Precisa também da conscientização dos moradores para não colocar lixo aqui. Do lado tem uma escola municipal e o pessoal não se atenta que isso pode ocasionar doenças ou então a picada de um escorpião numa criança”, disse o engenheiro agrônomo Felipe Duarte Ribeiro.
Perigo externo
Felipe explicou ao Acorda Cidade que entende que os moradores do bairro Irmã Dulce, assim como ele, devem fazer a própria parte, mas que, ainda assim, reconhecem que a grande maioria dos resíduos que são descartados próximo à escola vem de outros bairros.
“Peço que a população tenha a consciência de não colocar lixo aqui. Muitas pessoas vêm de outros bairros jogar lixo, colchão velho, entulho, vem gente trazendo até animais mortos. [A quantidade de lixo é tão grande que] avança a pista, tanto que às vezes o carro tem que passar até no meio-fio que divide uma pista e outra”, disse o morador.
Velho conhecido
Ribeiro contou ao Acorda Cidade que a Prefeitura de Feira de Santana tem amplo conhecimento do problema da rua Lopes Rodrigues e, que o secretário de Serviços Públicos do município, Justiniano França, sempre se esforça, toda vez que é solicitado, para retirar o lixo o mais rápido possível, mas que, em poucos dias, o local já está completamente tomado por lixo novamente.
“A prefeitura está enxugando gelo, porque toda vez tem gente colocando [lixo], ontem mesmo à tarde, estava até um pouquinho mais limpo. Chegou agora de manhã, já tem colchões, entulhos, sacos e várias outras coisas. A solução é colocar um muro próximo à pista para ninguém colocar mais lixo ou o prefeito Zé Ronaldo ver qual a melhor solução“, disse.
Sem utilidade
Felipe mostrou para a reportagem do Acorda Cidade que, próximo ao local que está servindo como lixão, existia um parquinho para as crianças brincarem, só que a estrutura deixou de ser utilizada pelos moradores, justamente pela presença do lixo. Entre as possíveis sugestões para acabar com o problema, o morador listou a colocação de uma caçamba fixa e a instalação de câmeras de segurança.
“Aí iam ver quem é a pessoa, por identificação facial, e aí essas pessoas seriam multadas, porque vem gente de outros bairros, deixam isso aqui um lixão mesmo, um fedor horrível, tendo lá aquele canal que também junta muriçoca, mosquito da dengue, então aqui é complicado. Peço que a prefeitura veja uma solução melhor para que os moradores aqui da rua Lopes Rodrigues não sofram tanto“, concluiu Felipe.
O que diz a Sesp?
NOTA
A Secretaria Municipal de Serviços Públicos (Sesp) informa que realiza com frequência ações de limpeza na Rua Lopes Rodrigues, no bairro Irmã Dulce, inclusive nas imediações da escola municipal citada. No entanto, o descarte irregular de lixo, entulho, móveis e até animais mortos por parte de moradores e pessoas de outros bairros tem comprometido a efetividade do serviço.
A Sesp reforça que o descarte inadequado de resíduos em áreas públicas é um crime ambiental sujeito a penalidades. Diante da recorrência do problema, a Prefeitura vai intensificar a fiscalização no local e aplicar as devidas sanções aos responsáveis, incluindo multa.
Contamos com o apoio da população para manter o ambiente limpo e seguro, especialmente por se tratar de uma área próxima a uma unidade escolar. Práticas como essa colocam em risco a saúde pública, favorecem a proliferação de insetos e animais peçonhentos e impactam diretamente a qualidade de vida dos moradores.
Denúncias podem ser feitas por meio dos canais oficiais da Prefeitura. A participação da comunidade é essencial para construirmos uma cidade mais limpa, consciente e saudável para todos.
Com informações do repórter Ney Silva do Acorda Cidade
Reportagem escrita pelo estagiário de jornalismo Jefferson Araújo sob supervisão do jornalista Gabriel Gonçalves
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