Rachel Pinto
É na tranquilidade do Centro Diocesano localizado no bairro Alto do Papagaio, em Feira de Santana, na calmaria do canto dos passarinhos e na vibração da natureza que vivem as sete irmãs Clarissas que compõem a Ordem de Santa Clara no Estado da Bahia. Com uma vida dedicada à oração, à caridade e ao amor ao próximo, às irmãs celebram a alegria através da vivência da fé e do amor de Deus.
O dia-a-dia é de clausura, oração e simplicidade. Como só elas habitam no espaço do mosteiro, não é permitida a presença de funcionários e o trabalho é dedicado às tarefas de manutenção do espaço, oração, formação e também ao lazer. A irmã Maria Ieuma Eucaristia explica que as Clarissas cuidam de tudo no mosteiro. Ela afirma que todas vivem para o chamado de Deus e de vocação.
“Deus no chamou para uma vocação que é para a vida de oração. Para a entrega e para pertencer totalmente a Jesus. Ele nos concede através dessa vida, morar em um mosteiro, onde a vida no mosteiro está voltada inteiramente para oração. Porque vive-se também em clausura e a clausura ajuda a viver nesse recolhimento maior. Assim servir à igreja, para presença espiritual em todos os campos de missão”, contou.
Irmã Ieuma, destaca também que a ordem das Clarissas é diferente de outras irmãs que realizam os trabalhos pastorais. “As outras irmãs que se dedicam aos trabalhos pastorais são de um imenso valor na nossa arquidiocese. A diferença nossa é que nós vivemos recolhidas em uma clausura. Então é vocação, é um mistério, é uma vida diferente. As nossas normas de clausura vem diretamente da Santa Sé e essas normas são uma vocação, um chamado”.
Vivendo temporariamente há sete anos em uma casa provisória cedida pela arquidiocese de Feira de Santana, as Clarissas irão morar no mosteiro da ordem, que está em construção. Uma comissão está arrecadando fundos para a obra, assim como a compra dos móveis e outros materiais. Segundo a irmã Ieuma, a comissão é um grupo forte de vinte abnegados, que sempre esteve presente e se preocupa com a construção do mosteiro e com a vida e também com as necessidades das Clarissas.
“A comissão está em busca de recursos para a obra do mosteiro, estamos intercedendo e orando. Rezamos por eles e caminhamos junto com eles e em busca de projetos. Comungamos com eles e buscamos também de várias formas trabalharmos na simplicidade nas nossas atividades que é uma forma de colaborar”, disse.
Vivendo também da providência, as irmãs fabricam velas e vendem artigos religiosos. Apesar da clausura, é comum o recebimento de visitas de pessoas em busca de aconselhamento e oração. As irmãs fazem contato por telefone e por email. A irmã Ieuma diz que não é um isolamento total porque elas sempre estão conectadas espiritualmente ao sofrimento do povo, suas esperanças, alegrias e angústias a partir da clausura.
Muito conhecidas pela dedicação religiosa, as irmãs Clarissas são também a representação da felicidade e da alegria. Sempre sorridentes e de bom humor, elas transbordam muita ternura e conforto. “Jesus é o que nos faz feliz. A nossa maior causa é a própria vocação que Deus no chamou e pertencer a ele é a nossa maior alegria”, explica irmã Ieuma o motivo de tanta alegria.
O Mosteiro Imaculada Conceição da Mãe de Deus, é o primeiro de Vida Contemplativa nesta arquidiocese e único da Ordem de Santa Clara no Estado da Bahia. O objetivo é de inaugurá-lo neste ano. Com simplicidade e em espírito de confiança as irmãs seguem em oração e na fé para a conclusão de mais esse desejo.
Os dados bancários para quem quiser contribuir com doações são:
Caixa Econômica Federal
Agência – 4109
Operação – 003
Conta Corrente – 1883-8
Com informações e fotos do repórter Paulo José do Acorda Cidade.