A prefeitura de Feira de Santana, por meio da Secretaria Municipal de Saúde, lançou nesta quinta-feira (21) o projeto InovaFeira, iniciativa que promete transformar o controle e prevenção, combatendo o mosquito aedes aegypti, transmissor da dengue com tecnologias inovadoras.
A reportagem do Acorda Cidade esteve no evento que aconteceu na Unex, Avenida Artêmia Pires no bairro SIM, e conversou com o Secretário de Saúde do município, Rodrigo Matos.
Rodrigo destacou que o objetivo é trabalhar com as diversas formas possíveis que possam ajudar na redução dos casos de dengue na cidade. Uma dessas alternativas é a infecção da fêmea da espécie, que ao voltar para o criadouro infecta os demais mosquitos ao seu redor, reduzindo a população. Outro exemplo, é o uso de armadilha para contabilizar o número de ovos e diagnosticar se aquele grupo tem ou não o vírus da dengue.
“Quando vai pensar em combater a dengue, a gente tem que ter uma visão mais ampliada de um processo e saber que a gente tem que lutar em várias frentes. É a vacinação, é o importante trabalho dos agentes de combate às endemias, mas a gente não pode abrir mão de tecnologias para que possa maximizar esse combate, reduzir hospitalizações e óbitos”
Outra tecnologia anunciada no evento foi a chegada de 18 bicicletas elétricas que auxiliarão no trabalho de abordagem realizado pelos agentes de saúde. Segundo o secretário serão acrescidas 18 pessoas aptas a utilizarem os veículos como forma de ampliação do número de atendimentos.
“São 18 bicicletas para 18 trabalhadores que vêm colaborar. É importante destacar uma coisa, essas pessoas não vêm substituir agentes de combate às endemias. Eles vêm ajudar nesse processo. Ou seja, os agentes de combate às endemias continuam executando e fazendo o seu trabalho e a gente vai somar esforços com essa tecnologia que vai ser implementada aqui.”
O secretário informou que as bicicletas começaram a operar possivelmente ainda em agosto. A prioridade serão os bairros residenciais. “A partir do momento do lançamento, a gente já vai fazer as reuniões e depois dessas reuniões a gente vai começar, aí no final de agosto, início de setembro. A gente está avaliando inclusive nos distritos, e a depender dos resultados a gente vai ampliar ainda mais esse número de bicicletas, esse número de armadilhas e tecnologias para que a gente possa alcançar indicadores ainda melhores”
A iniciativa vem de uma parceria com o Ministério da Saúde que foi captada para Feira de Santana, através de uma organização social que operacionaliza. O gestor da pasta acredita que pode haver queda de até metade dos casos com a aplicação dessas tecnologias.
“A expectativa é de uma redução importante de mais de 50% nas localidades que a gente for atuar. Vai ter disponibilização de drone. E uma coisa super importante, vai ter uma sala de monitoramento, que é lá no Centro de Combate às Endemias, onde a gente vai ter dashboard, ou seja, tecnologia para entender como é que a gente está avançando no combate da dengue.”, expressou Rodrigo Matos.
O prefeito José Ronaldo de Carvalho contou, em entrevista, que o próprio nome escolhido expressa o objetivo do projeto que é inovar para driblar a doença que aflinge as pessoas.
“Estamos buscando algo de novo que venha ajudar, venha se destruir esse mosquito que causa tanto mal ao ser humano. É um projeto que deve demorar em torno de uns 10 meses para poder ser feito. Ele está sendo implantado em alguns municípios aqui na Bahia”
Sobre o trabalho dos agentes de saúde, o prefeito acrescentou que a tecnologia veio para somatizar.
“O que soma é bem-vindo, tudo que você multiplica é bem-vindo. O que você não pode botar aí é a conta de diminuir. A única conta de diminuição que pode botar aí, é diminuir os mosquitos.”, pontuou.
Com informações do repórter Paulo José do Acorda Cidade
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