Daniela Cardoso e Ney Silva
As aldeias indígenas estão precisando de maior atenção do governo federal, principalmente com relação ao atendimento no setor de saúde. A reclamação foi feita pelo índio da etnia Kiriri da cidade de Banzaê, Lourival de Jesus. Ele e a mulher Ana, ficaram uma semana em Feira de Santana expondo artesanato no Mercado de Arte Popular.
“A situação não é tão boa, pois não somos bem acolhidos. Tem um órgão que trabalha na saúde do indígena, mas é difícil, antes a gente recebia remédio agora não recebemos mais. Já no setor de educação estamos bem, temos uma escola estadual e os professores são todos indígenas. Os alunos aprendem a falar a língua kiriri. A gente vem num resgaste para não perder nossa cultura”, afirmou.
O índio Lourival de Jesus, que neste sábado (6) retornou para a aldeia em Banzaê, ficou muito satisfeito em ter tido a oportunidade de expor seu artesanato em Feira de Santana. Ele agradeceu a direção da Artmap-Associação dos Artesãos do Mercado de Arte Popular.
“O presidente da associação nos acolheu na casa dele com comida, dormida, então foi muito bom. Trouxemos para vender brincos, pulseiras, arco e flecha, colar, palito para cabelo, tem o cachimbo da paz, apitos. Trouxemos de tudo um pouco. O que nós vendemos mais foram os brincos e os palitos de prender o cabelo”, disse.