Laiane Cruz
Há 69 dias em greve, servidores do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) esperam chegar a um acordo nesta terça-feira (15) com o Ministério do Planejamento, durante reunião que deverá definir os rumos da paralisação daqui por diante. Segundo informou Luiz Ernesto Santa Bárbara, que faz parte do comando de greve em Feira de Santana, na semana passada um encontro entre governo e categoria terminou sem uma solução.
Segundo ele, os servidores pediam 27,3% de aumento, e o governo ofertou de início 21,3% em quatro anos, e nós queríamos para duas vezes. Já na semana passada o governo ofereceu um reajuste salarial de 10,8% divididos em duas parcelas, uma em janeiro de 2016 e outra em 2017, o qual foi aceito pela categoria. No entanto, ontem (14), o anúncio do novo pacote de medidas do governo mais uma vez gerou clima de incerteza, e o pagamento da primeira parcela de 5,4%, que seria feito em janeiro de 2016, foi esticado para agosto do mesmo ano.
“E nós temos pautas específicas também, por exemplo, concurso público. O déficit de pessoal no INSS hoje é muito grande e tem muitos servidores, aproximadamente 15 mil, em vias de se aposentar, mas que se fizerem essa opção pela aposentadoria acabam perdendo 50% de uma gratificação, que estamos solicitando essa incorporação. A demanda é muito grande”, informou o servidor.
Ainda de acordo com Luiz Eernesto, o governo fez a proposta da criação de agências em municípios com mais de 20 mil habitantes, mas muitas delas não foram inauguradas ainda porque não há como remover um servidor de um lugar para outros sem desfalcar o quadro de outras agências. “Entendemos que esse momento é delicado da economia e queremos o desfecho dessa greve, para atender essa demanda reprimida”, afirmou.
As informações são do repórter Ney Silva do Acorda Cidade.