Laiane Cruz

Os agentes de portaria da Comunidade de Atendimento Socioeducativo (Case) Zilda Arns protestaram mais uma vez na frente do órgão na manhã desta quinta-feira (11) por causa do pagamento dos salários, que estão atrasados há três meses, período em que também 28 trabalhadores estão paralisados.

De acordo com o agente de portaria Anderson Aparecido, a Fundac (Fundação da Criança e do Adolescente) é o órgão responsável, do governo do estado, por repassar as verbas para a empresa terceirizada Máxima, de Lauro de Freitas – contratante dos trabalhadores. No entanto, segundo ele, o dinheiro não está sendo repassado pelo governo, e há vigilantes exercendo a função que é deles.

Ele conta que há 15 dias houve uma audiência com a empresa Máxima, e que nenhum representante da Fundac não compareceu. “Pedimos ao governo que tome providências com essas empresas terceirizadas que não pagam os salários dos funcionários”, afirmou o trabalhador.

Aparecido informa ainda que alguns funcionários estão se sacrificando para dar continuidade ao trabalho, tirando dinheiro do próprio bolso para o transporte e a alimentação. “Tem pessoas que já estão no desespero, pois não tem mais o que fazer. A empresa tem três meses dizendo que vai pagar, e o estado não libera o dinheiro”, afirmou.

O socioeducador Milton Gomes também reclamou de atraso nos salários dos orientadores. A categoria, que é contratada por outra empresa, a Fundação José Silveira, afirma que não está paralisada, mas que pela primeira vez já faz 10 dias que o dinheiro não caiu na conta. De acordo com eles, a fundação também alega que não recebeu a verba do governo do estado.

Em nota, a Fundac informou que reconhece os problemas apresentados pelos funcionários da empresa Máxima Serviços ME, que prestam serviços socioeducativos na unidade. Ainda de acordo com a entidade, a empresa Máxima apresenta pendências documentais, o que impossibilitou a concretização do pagamento.

"Ressaltamos que a regularização necessária até o presente momento não foi apresentada pela empresa. Contudo, a Fundac está negociando com a Máxima Serviços ME, junto com os representantes do sindicato patronal e Ministério Público do Trabalho, a agilidade do processo. A Fundac esclarece que se a viabilização dos proventos não for concretizada até hoje (11/09), irá tomar as medidas necessárias para efetivar os pagamentos pendentes diretamente com os funcionários", informou a nota.
 

As informações são do repórter Ed Santos do Acorda Cidade.