Fim da greve

Grande movimento na reabertura dos bancos em Feira

Em algumas agências localizadas no centro da cidade, filas se formaram na porta antes da abertura das agências. No geral, várias pessoas aguardavam para efetuar pagamentos atrasados. As contas em atraso podem ser pagas sem acréscimo de multas.

Ed Santos

Após 15 dias de paralisação, por conta da greve dos bancários, os bancos em Feira reabriram hoje com um grande movimento, de pessoas que procuraram as instituições para resolver diversos tipos de pendências, como pagamentos de contas atrasadas, depósitos, saques e outros tipos de transação bancária. A greve durou duas semanas e foi encerrada na tarde de ontem, após aprovação de proposta feita pela Federação Nacional dos Bancos (Fenaban).
 

No centro da cidade, filas se formaram nas portas das agências, antes do recomeço das atividades. No geral, várias pessoas aguardavam para efetuar pagamentos atrasados. As contas em atraso podem ser pagas sem acréscimo de multas. A greve dos bancários gerou prejuízos para outros setores, como o comércio. O gerente da Motopel, Carlos Moaes, estava em uma das agências buscando resolver pendências. “Os principais problemas que tivemos, foram relacionados a cheques devolvidos, porque deveriam ter sido compensados no período da greve. Isso fez com que as movimentações ficassem paradas, trazendo sérios prejuízos para os negócios, mas agora que terminou temos é que correr atrás para que tudo volte ao normal”, disse.
 

Apesar do grande movimento, não foram registrados grandes problemas nas agências, muitas pessoas optaram por utilizar os serviços dos caixas eletrônicos, evitando assim grandes filas. “O que der para agilizar nos caixas rápidos acaba sendo melhor porque a gente não perde tempo. Não tive maiores problemas, mas não posso deixar de reconhecer que esta situação causa muitos transtornos”, afirma um cliente.


Uma das situações que mais preocupavam os clientes nas agências, foi em relação ao pagamento de contas atrasadas. “Tem contas que não esperam como faturas de cartão de crédito e o pior é que a gente não sabe como ficam os juros e vamos pagar por uma situação que não temos culpa”, disse uma cliente.  
Segundo dados do Sindicato dos Bancários, 8.278 agências bancárias fecharam durante a greve, o que resultou na maior greve da categoria bancária, nos últimos 20 anos.


RESULTADOS


Pela proposta, a categoria aceitou o reajuste salarial de 7,5% para os funcionários que recebem até R$ 5.250,00. Acima desse valor, a entidade ofereceu aumento no valor fixo de R$ 393,75, garantindo reajuste mínimo de 4,29%. A proposta ainda assegura aumento de 7,5% para benefícios e verbas fixas, como adicional de caixa, adicional de tempo de serviço e auxílio-refeição.


Com relação à Participação nos Lucros e Resultados (PLR Básica e PRL Adicional), os valores foram corrigidos em 7,5% pela Fenaban, com exceção do limite individual da Parcela Adicional, que passou de R$ 2.100 para R$ 2.400 (14,28%).


O Sindicato Nacional dos Bancários informou ainda que no caso dos servidores de bancos estatais, como a Caixa Econômica, Banco do Brasil e Banco do Nordeste, a Fenaban concedeu alinhamento dos salários, que até então eram diferenciados. O acordo prevê também que os dias de greve não sejam descontados, mas os funcionários terão até 15 de dezembro para compensar o período em que as agências permaneceram fechadas.

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