Acorda Cidade
“É emocionante poder estudar e trabalhar com pedaços da nossa história, saímos encantados de cada discussão”. A afirmação partiu da coordenadora pedagógica Hely dos Santos Pedreira, que atua na Escola Municipal Timóteo Ferreira da Silva, durante Formação em Educação Escolar Quilombola – FormEEQ, nesta sexta-feira (20). O tema abordado hoje foi “Legislações educacionais das relações étnicorraciais”.
“Chega a ser difícil definir esta formação por respeito a uma questão pessoal. Considero que tem um valor imenso falar sobre a comunidade quilombola, principalmente para quem trabalha nelas”, observa Hely. “Unimos o conhecimento técnico e pedagógico com vivências reais, visitamos quilombos e compartilhamos com pessoas que convivem”, explica.
O professor Otto Vinícius Agra Figueiredo debateu a importância da Constituição Federal para a educação brasileira, diretrizes curriculares nacionais e política no contexto quilombola. Otto trouxe para a formação o histórico do movimento negro brasileiro e sua influência nas práticas educacionais étnicorraciais.
“Desconhecemos muitas organizações negras que marcaram a história do país. Movimentos como a Imprensa Negra, por exemplo, influenciaram a escolarização em uma população que era majoritariamente analfabeta”, afirma Otto. A formação contou com a presença de professores da Rede Municipal e lideranças quilombolas; a discussão sobre o tema segue neste sábado (11).