Comércio de Feira de Santana
Foto: Paulo José/Acorda Cidade

Apesar da autorização para funcionamento opcional das 9h às 16h nesta quinta-feira (20), feriado nacional da Consciência Negra, o movimento no comércio de Feira de Santana ficou aquém do esperado. A equipe do Acorda Cidade percorreu o centro comercial e conversou com lojistas e consumidores.

Comércio de Feira de Santana
Foto: Paulo José/Acorda Cidade

Na Avenida Senhor dos Passos, o gerente de uma loja de calçados, Jailson Carneiro, relatou que, mesmo com poucas lojas abertas, a empresa decidiu funcionar para atender quem aproveita o feriado para fazer compras.

Comércio de Feira de Santana
Foto: Paulo José/Acorda Cidade

“Às vezes a gente faz esse acordo, alguns abrem, outros não, mas a gente abre. Temos o compromisso com o consumidor, e ele vem porque realmente precisa comprar. Estamos aqui para atender da melhor forma possível”, afirmou.

Comércio de Feira de Santana
Foto: Paulo José/Acorda Cidade

Jailson reforçou que, por ser um acordo entre sindicatos, a abertura é opcional, o que explica o menor número de estabelecimentos funcionando.

Comércio de Feira de Santana
Foto: Paulo José/Acorda Cidade

“É verdade, é opcional. A gente sente a necessidade, porque é um momento de oportunidade. As pessoas estão vindo, fazendo compras, saindo satisfeitas. É também uma oportunidade para antecipar as compras natalinas.”, disse.

Comércio de Feira de Santana
Foto: Paulo José/Acorda Cidade

Apesar disso, ele reconheceu a baixa circulação no centro da cidade. “Poucas pessoas, mas quem vem já chega direcionado para comprar”.

Comércio de Feira de Santana
Foto: Paulo José/Acorda Cidade

A cliente Rizete da Costa Ribeiro Mascarenhas circulava pelo centro à procura de artigos natalinos, mas não encontrou as livrarias abertas.

“Eu vim olhar artigos natalinos, mas livrarias como Bahia Papelaria e Maskate não estavam funcionando. Acho que ou abria tudo ou fechava tudo. Do jeito que está, não vale muito a pena sair de casa”, avaliou.

Ela afirmou que encontrou alguns itens, mas não os principais que buscava.

“Nenhuma livraria aberta. Nem Maskate, nem Dinúbia. Vou ter que voltar outro dia.”

Em uma loja de confecções na Capitão França, a gerente Rosângela Matos contou que as vendas ficaram abaixo da expectativa.

Comércio de Feira de Santana
Foto: Paulo José/Acorda Cidade

“Achei que o movimento ia ser bom, mas o pessoal está mais passeando. A gente chama e eles dizem: ‘só amanhã’.”

Para ela, o número reduzido de lojas e até de bares e restaurantes funcionando influencia diretamente no movimento.

“Se todas as lojas abrissem, melhoraria. Quando está tudo aberto, o fluxo é outro.”

Rosângela disse ter conseguido algumas vendas, mas não conforme o previsto.

“Descolei alguma coisa, mas não como esperado. Quem vende quer sempre vender mais.”

Sobre as expectativas para dezembro, foi categórica: “É a melhor data do comércio. Todo mundo vende, até quem chora.”

Na Sales Barbosa, a ambulante Milena Gomes, que comercializa panos de prato e água mineral, também relatou baixa no movimento.

“Não está muito bom, mas qualquer coisa que vende já serve.”

Segundo ela, o impacto das vendas online tem sido significativo. “Depois das vendas por aplicativo, o comércio caiu 70%. Está difícil concorrer. As pessoas quase não vêm mais para a rua. O comércio de Feira não é mais o mesmo.”

Milena afirma que produtos pela internet costumam ser mais baratos e chegam rápido.

“É mais em conta e chega em cinco, sete ou três dias. Isso prejudica todos, desde ambulantes até grandes empresários.”

Para tentar driblar a situação, ela aposta em estratégias simples: “A gente tem que baixar preço, fazer promoção e chamar o povão.”

Com informações do repórter Paulo José do Acorda Cidade

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