A Feira da Marechal Deodoro, no centro de Feira de Santana, está prestes a ganhar uma nova cara. A Prefeitura apresentou o modelo das novas barracas que serão distribuídas aos comerciantes do local na última segunda-feira (2). A estrutura, três vezes maior que a anterior, promete mais conforto e organização. Mas nem tudo são flores: a mudança trouxe uma preocupação entre os feirantes que ainda buscam uma barraca mais completa para trabalhar.
“É uma estrutura muito boa, a cobertura é boa, o material é bom, o tamanho está ótimo. É uma barraca ampla, dá para a gente vender nossas mercadorias tranquilamente. O problema desse modelo de barraca é que é aberta. A gente não tem onde guardar nossas mercadorias”, disse Edineide Ribeiro, presidente da Associação de Feirantes da Marechal.
Segundo os feirantes, a falta de fechamento na parte inferior da barraca gera insegurança tanto pela possibilidade de furtos quanto pelos riscos sanitários. “Por causa de ratos. Você sabe que o que a gente vende aqui é frutas, verduras, atrai muitos roedores. E a gente precisa que se feche essa barraca”, completou Edineide.
O que muda com as novas barracas?
O projeto, desenvolvido pela Secretaria Municipal de Agricultura em parceria com o departamento de Engenharia, prevê a entrega de 250 barracas nos próximos 30 dias, gratuitamente.
As principais mudanças incluem:
Ampliação do tamanho de 0,96 m² para 3 m²
Estrutura em aço carbono galvanizado
Cobertura de lona com bordado extra de 3 cm
Expositor dividido em três partes para organização dos produtos
A proposta atende a um pedido antigo dos feirentes, que através da luta para permanecer no espaço, também cobravam por melhorias como padronizar o espaço, melhorar a circulação e garantir mais dignidade tanto para quem vende quanto para quem compra.
Mas o modelo, embora mais moderno, tem uma exigência: não serão permitidas estruturas adicionais, como lonas laterais, tendas improvisadas ou anexos no fundo das barracas — prática comum atualmente para proteger as mercadorias.
“É por essa questão mesmo que a gente precisa fechar essas barracas. Para não ter improviso, não precisar colocar talbas do lado para fechar, por exemplo, para evitar roedores ou até que alguém furte nossas mercadorias. A observação que a gente da associação tem a fazer é essa”, reforçou Edineide.
De acordo com a Associação, a Prefeitura informou que não há recursos para entregar as barracas já fechadas. A alternativa, segundo Edineide, foi buscar apoio junto ao mandato do deputado Zé Neto e ao governo do Estado. No último fim de semana, o parlamentar recebeu representantes do movimento em seu gabinete para discutir a situação.
“Me solidarizo com essa causa e me coloco ao lado dos feirantes na busca pela adequação das barracas, junto à Prefeitura de Feira de Santana, de forma que atenda às demandas específicas de cada tipo de produto”, escreveu Zé Neto nas redes sociais.
Qual o espaço de cada feirante?
Ainda não há data definida para a entrega das barracas, mas, segundo a presidente dos feirantes, a promessa do prefeito e do secretário Silvaney Araújo é de que ninguém será deslocado. Cada feirante manterá o seu espaço habitual.
O levantamento mais recente da Associação aponta cerca de 270 feirantes na Marechal, mas esse número vem sendo atualizado, já que o fluxo de ambulantes na região aumentou.
Com informações do repórter Ney Silva do Acorda Cidade
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