A demora na conclusão de uma obra na Rua Senegal está gerando diversos transtornos para moradores do bairro Lagoa Grande, em Feira de Santana. O serviço, realizado pela Companhia de Desenvolvimento Urbano do Estado da Bahia (Conder), teria parado no meio do caminho, literalmente, por conta da falta de verba.
O trecho que ainda não foi pavimentado fica em uma curva no final da rua e forma uma espécie de “L”. Além do piso irregular e da lama, a atitude de estreitar o passeio também preocupa os moradores; a ação está impedindo veículos grandes, como o caminhão de coleta de lixo, de passar pelo local.
“Tem um poste no meio da rua, ao invés de colocar o poste para o canto para já entrar no calçamento do final da rua com a rua aberta, eles tiraram os passeios do lado direito. Então, as pessoas que moram no início da rua, no lado direito, vão ficar sem passeio, porque, se deixar passeio, não tem como entrar carro na rua”, disse Carol Bastos.
A moradora continuou: “A gente tem esgoto entupido há bastante tempo, por conta desse poste não passam as máquinas para poder desentupir o esgoto. Aqui também tem esgoto a céu aberto, sai jacaré, escorpião, cobra, e a gente fica sem saber qual o prazo para poder finalizar o calçamento e disseram que não tem prazo”.
Nilza da Silva é mais uma moradora da Rua Senegal que está revoltada com a demora para concluir o serviço. Em entrevista ao Acorda Cidade, ela revelou que a obra vem se arrastando por muito tempo e que agora sua preocupação é com o período chuvoso.
“Quando chove, a gente tem que andar com as crianças dentro da água e elas chegam na escola todos sujos. Eles começaram a obra, já tem mais de 4 meses, e disseram que não vai terminar. A gente é cachorro? Começou o serviço e ficou na metade”, disse Nilza.
A Rua Senegal fica próxima à Avenida João Durval Carneiro, e o trecho que ainda não recebeu o pavimento fica no final da rua e possui cerca de menos de 200 m. Ao Acorda Cidade, Ana Moreira, moradora do local há mais de três décadas, falou que o serviço só tem gerado transtornos.
“Eu estive no escritório da Conder para procurar a senhora Norma [uma representante da estatal] e me disseram que não tem mais dinheiro para terminar a obra. Ficou 100 metros de rua que vai ficar sem calçamento e prejudica os moradores. E para mim, que tenho uma criança deficiente cadeirante, já é um pouco mais difícil para sair, para locomover, porque a gente vive dentro dos buracos”, disse Ana Moreira.
“Complicada a situação. E sem contar que a rua lá é muito mais larga do que essa aqui. Chega ali, eles estreitaram e a gente percebe que é para economizar material, né? Como disseram que a verba acabou, então, para passar o caminhão de lixo, para entrar aqui e encontrar com outro carro, vai ser complicado”, complementou Edinaldo Reis, morador do local há cerca de 25 anos.
O que diz a Conder?
A produção do Acorda Cidade entrou em contato com a empresa solicitando um retorno para a questão.
Com informações do repórter Ed Santos do Acorda Cidade
Reportagem escrita pelo estagiário de jornalismo Jefferson Araújo sob supervisão
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