2ª Dires

Falta de medicamento na 2ª Dires prejudica tratameto de paciente com doença degenerativa

Ela considerou o tratamento dado pela 2ª Dires ao paciente desrespeitoso. 'Eles dizem que a medicação está em falta e só. Eu digo a eles que é um direito meu, que não estou pedindo nada a ninguém'

Roberta Costa

A senhora Conceição Ribeiro, procurou a equipe do Programa Acorda Cidade na tentativa de buscar uma solução para o seu marido, o senhor Valdo Marciano, 61 anos, que possui uma doença degenerativa e depende de medicamentos fornecidos pelaDiretoria Regional de Saúde (Dires) para sobreviver.

Ele sofre de Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA), também conhecida como doença de Lou Gehrig e doença de Charcot. A Esclerose Lateral é uma doença neurodegenerativa progressiva e fatal, caracterizada pela degeneração dos neurônios motores, as células do sistema nervoso central que controlam os movimentos voluntários dos músculos, e com a sensibilidade preservada.

A doença não tem cura, nem um tratamento eficaz. Mas, para retardar a sua evolução, um medicamento chamado riluzol (nome comercial: Rilutek), é utilizado para garantir a sobrevida dos pacientes. Por ser um medicamento muito caro, custando de R$2 mil a R$2.500 reais, a 2ª Dires fornece o riluzol gratuitamente para as famílias.

Segundo Conceição, o “fornecimento do medicamento não é 100% confiável”, pois cerca de um mês ela busca o medicamento naDires e não encontra. “Tem mais ou menos um mês que eu vou em busca do medicamento e não consigo. O estoque está zerado, não tem previsão de chegada”.

Sem a medicação, o estado de saúde do senhor Valdo fica complicado, pois os movimentos do corpo são prejudicados. “Ele fica sem andar, perdeu 70% dos movimentos do braço, perde o apetite”, disse Conceição.

Ela considerou o tratamento dado pelaDires ao paciente desrespeitoso. “Eles dizem que a medicação está em falta e . Eu digo a eles que é um direito meu, que não estou pedindo nada a ninguém. É a vida de um cidadão que está em jogo. Peço que alguém tome uma providência para resolver o problema, porque eu não posso ficar com o meu marido piorando a cada dia”, concluiu.