Laiane Cruz

Em novembro do ano passado, a Sociedade Brasileira de Urologia divulgou uma pesquisa realizada pelo Instituto Datafolha sobre a percepção masculina com relação ao câncer de próstata e o temido exame do toque. Apesar de 76% dos entrevistados terem ciência dessa detecção, somente 32% já o fizeram. Os números são mais alarmantes no Nordeste, onde apenas 36% dos homens vão ao urologista. Já a população das classes D e E nunca fizeram o exame de toque.

O médico urologista Antônio José acredita que apesar dos números o preconceito em relação ao exame do toque atualmente é menor do que há dez anos. Para ele, os homens estão mais esclarecidos. Além disso, a mídia e as campanhas têm incentivado mais esse público.

Segundo o médico, na maioria dos casos os pacientes não sentem os sintomas e só descobrem algum tipo de problema durante o exame de rotina. “Essa doença é traiçoeira. Na maioria das vezes o paciente não sente nada e está com câncer. Os sintomas, quando o paciente vem sentir, ele já está avançado. Às vezes ele pode ter sangue na urina, isso aí já é um mau sinal”, afirmou.

De acordo com Antônio José, atualmente a Sociedade Brasileira de Urologia recomenda a realização dos exames a partir dos 45 anos. Ele explica que quanto mais cedo o câncer for descoberto, maiores as chances de cura por meio do tratamento. “Para prevenir o câncer de próstata tem que ter uma boa alimentação, hábitos saudáveis, exercícios físicos, tudo isso pode prevenir”, informou.

Com relação à neoplasia intraepitelial prostática, condição em que há alterações nas glândulas da próstata, o médico ressalta que é necessário fazer o acompanhamento, indo ao médico com mais frequência porque ela representa o estágio inicial do câncer.
 

As informações são do repórter Ed Santos do Acorda Cidade.