Laiane Cruz
O coordenador do Instituto do Meio Ambiente e Recursos Naturais (Inema) de Feira de Santana, Messias Gonzaga, informou nesta sexta-feira (23), em entrevista ao Acorda Cidade, que ainda não há uma decisão definida sobre a retirada dos jacarés da Lagoa Grande, em Feira de Santana. O local passa por requalificação e será transformado em um espaço de lazer para a comunidade.
(Foto: Ed Santos/ Acorda Cidade)
De acordo com Gonzaga, especialistas do Inema e de outros órgãos estão discutindo as possibilidades. O debate sobre o assunto já foi feito, por exemplo, com o diretor do zoológico de Salvador, Gerson Norberto, que é médico especialista no trato com animais silvestres, o diretor de biodiversidade do Inema, Valdemilton Vieira, a diretora de fiscalização do órgão, Lúcia Gonçalves, além do chefe de gabinete do Inema e uma equipe de técnicos também do Inema.
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“Não é uma decisão simples de ser tomada. Tirar simplesmente pode não resolver o problema, mesmo porque não se sabe quantos tem. E pode não ter só os jacarés, podem ter outros animais ali, a exemplo de cobras, aranhas, animais peçonhentos de modo geral, que fazem parte daquela fauna e flora”, ponderou o coordenador.
(Foto: Ney Silva/ Acorda Cidade)
Segundo ele, o órgão solicitou à Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs) um estudo científico sobre as condições de alimentação desses animais na lagoa. E para a Companhia de Desenvolvimento Urbano do Estado da Bahia (Conder), responsável pela obra de requalificação do espaço, foi solicitado mais segurança enquanto durarem as obras, como a instalação de tapumes ao redor da área, a fim de evitar que as pessoas se aproximem dos animais e os alimentem, pois isso colocaria a vida dos jacarés em risco.
“A obra ao ser concluída, supõe-se que vai ter gradeamento. Pode-se estabelecer uma melhor forma de os animais ficarem e serem uma atração, como existem em lagoas de outras cidades e fora do país, onde se convive com eles, a exemplo da Lagoa da Pampulha, em Minas Gerais, que também tem jacarés. Já foram postas mais placas de alerta sobre a presença dos animais e com o tempo vamos amadurecendo a idéia do que fazer”, afirmou Messias Gonzaga.
O coordenador do Inema alerta que os animais correm risco de morrer ao serem alimentados pelas pessoas, pois a prática evita que eles busquem no lago a sua própria comida. “Tendo alimento dentro da lagoa, eles dificilmente sairão da água. Mas estamos dando um tempo para fazermos um estudo melhor”, reiteirou.
As informações são do repórter Ed Santos do Acorda Cidade.

