O Colégio Estadual de Tempo Integral Georgina de Melo Erismann, no bairro Olhos D’Água, em Feira de Santana, realizou nesta sexta-feira (30) a primeira edição da sua Feira Literária, a Flige, trazendo muita criatividade, história, cultura e muito conhecimento para a comunidade escolar.
Mais do que um evento, a Flige foi uma verdadeira celebração da cultura, da educação e da construção cidadã, protagonizada pelos próprios estudantes, que lotaram o auditório. Com o tema “Brasil Mostra a Tua Cara”, o colégio se transformou em um grande palco, onde a história do país foi contada, cantada e encenada com bastante criatividade.
Na quinta-feira (29), alunos, professores e comunidade tomaram as ruas da cidade em um desfile literário, que levou para fora dos muros da escola reflexões sobre democracia, liberdade e os desafios do país.
Já a Feira foi marcada por apresentações culturais, exposições e performances dos alunos. A homenagem foi à cultura brasileira, com referências a nomes como Gal Costa, Luiz Gonzaga, Cazuza, Caetano Veloso, Belchior e Elba Ramalho. A escola virou um museu vivo, resgatando a potência da arte, da música e da literatura como ferramentas de resistência, especialmente no contexto de redemocratização do Brasil.
Apresentação sobre a Constituição Federal
A estudante Iasmim Ester Santos foi uma das protagonistas na exposição sobre a Constituição Federal. Ao Acorda Cidade, ela falou mais sobre o seu trabalho que trouxe o Brasil dos anos 80.
“A gente fez sobre a Constituição do Brasil, Constituição Federal. Temos os discursos deles, tem a foto dele segurando a Constituição durante a promulgação, em 88. A Constituição certamente não é perfeita. Quanto a ela, discordar, sim. Divergir, sim. Descumprir, jamais. Porque a Constituição serve para o país ser um lugar melhor, ser um lugar com mais respeito, os humanos serem direitos, ter a cidadania do país”, disse a jovem.
O trabalho, que uniu pesquisa, arte e história, contou com a participação de vários colegas. Todo o estudo começou no mês passado, ainda na sala de aula. Além das maquetes e dos painéis educativos, as alunas criaram vestidos feitos com reportagens que denunciam violações de direitos, simbolizando a importância da proteção garantida pela Constituição.
Flige: educar para transformar
Para a vice-diretora Bárbara Kelly, a Flige representa um momento de construção de saberes para além da sala de aula. Ela destacou que o projeto não trabalha apenas os conteúdos formais, as disciplinas da base, mas tem também a aprendizagem para a vida, reconhecendo os caminhos que trouxeram os brasileiros até os dias atuais.
“É focado na década de 1980, onde os estudantes conheceram não só obras literárias, mas também os eventos que marcaram essa década no Brasil. A escola tomou as ruas de Feira ontem, mostrando o que foi produzido, os livros que os estudantes se dedicaram nesse período. E hoje estamos realizando nossa primeira feira literária, com livrarias, apresentações dos estudantes e, inclusive, duas alunas que escreveram livros e estão apresentando o resultado dos seus trabalhos.”
Ao Acorda Cidade, a professora de Matemática, Eliane Castro, também destacou o impacto pedagógico da iniciativa.
“Foi super positivo, porque eles saem com conhecimento a respeito dos direitos fundamentais, a respeito do artigo 5º, todos são importantes, mas ele é um que se destaca bastante pela sua extensão. Então eles saem daqui com esse conhecimento mais aprofundado.”
Com informações do repórter Ney Silva do Acorda Cidade
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