Ney Silva
A estudante Jaci Pereira Rocha, de 34 anos, que residia na rua Intendente Abdon, bairro Queimadinha, morreu após um grave acidente por volta das 20h30 desta sexta-feira (12), quando ao cair de moto, embaixo de uma carreta bi-trem, teve o corpo arrastado e destroçado por quase dois quilômetros.
Segundo populares a estudante estava na garupa da moto Honda Pop, de placa NYQ-6323, conduzida pelo noivo dela que tentou atravessar a pista do cruzamento da rua Monsenhor Moisés do Couto, entrada do bairro Campo Limpo, em Feira de Santana, quando o acidente aconteceu.
Ao fazer o cruzamento das vias o motociclista bateu a moto em um dos prismas (blocos de pedras usados na divisão de pistas) e caiu sobre eles. Na queda Jaci foi projetada na pista, inicialmente esmagada e perdeu uma das pernas, que ficou no local.
O motorista da carreta de placa ATX-7006, de Londrina no Paraná, não percebeu o acidente e continuou com o veículo em movimento em direção a BR-116-Sul. Próximo ao supermercado Atacadão, onde a parte dos pulmões da vítima foi dispensada na pista.
Só na segunda sinaleira após o Colégio Assis Chateaubriand, quase dois quilômetros depois do local do acidente, é que o motorista parou o veículo e verificou que partes do corpo estavam impregnadas nos pneus traseiros do bi-trem.
Congestionamento
O trânsito em todo esse trecho ficou muito congestionado. Além de muitos veículos trafegando era grande a presença de curiosos nos três locais onde havia partes do corpo dela. Equipes da Guarda Municipal, da Polícia Militar e da Rodoviária Federal tiveram muito trabalho para organizar o trânsito e controlar a presença de pessoas.
Levantamento cadavérico
A delegada Luciene Bugia que estava de plantão na 2ª Delegacia, acompanhada de policiais civis foi ao local do acidente junto com peritos do Departamento de Policia Técnica. O levantamento cadavérico foi feito em três locais distintos.
Para retirar a parte maior do corpo que continha crânio, uma perna e um braço, foi preciso usar um macaco hidráulico para suspender a carroceria da carreta bi-trem.
O policial rodoviário federal Arlindo, lamentou o acidente. Ele confirmou que o corpo da estudante foi arrastado por quase dois quilômetros e que o caminhoneiro que conduzia a carreta relatou não ter observado o acidente e por isso continuou dirigindo normalmente o veículo.
Fotos: Ney Silva/Acorda Cidade