Vereador Ismael Bastos
Vereador Ismael Bastos - Foto: Paulo José/Acorda Cidade

O vereador Ismael Bastos utilizou a Tribuna Livre da Câmara Municipal de Vereadores para falar sobre as recentes pautas da APLB Sindicato em relação à Prefeitura Municipal.

A APLB vem cobrando a Secretaria Municipal de Educação o pagamento de valores relacionados a cortes salariais e descontos de benefícios ocorridos durante a pandemia da covid-19. Os valores segundo APLB, já chegam em R$ 51 milhões contabilizado com os juros.

Na Câmara, o vereador Ismael alegou que foi procurado por alguns professores sob a informação de que a APLB tem pressionado os profissionais a assinarem a proposta deles. O parlamentar disse que o comportamento visa lucro próprio do Sindicato.

“Nos cálculos da prefeitura, esta dívida gira em torno de 20, 21 milhões de reais (valor com juros), uma diferença grande para R$ 51 milhões. Só que a APLB está insistentemente, segundo as informações que eu recebi de professores, numa espécie de assédio, porque está ligando para os professores, dizendo assim: ‘olha, se você não assinar a procuração, vocês não vão receber esse dinheiro’. Agora, por que a APLB está fazendo isso?! Porque ela fica com 15% desse dinheiro. Se esses R$ 51 milhões fossem pagos, a APLB botaria no bolso 7 milhões e 650 mil reais”.

Em entrevista ao Acorda Cidade Ismael Bastos declarou que a reclamação se aplica também às cobranças relacionadas aos precatórios.

“Eu estou aqui indignado com a fome incessante da APLB, a gula da APLB, porque os precatórios também, que está aí nessa novela há bastante tempo, giram em torno de 300 milhões de reais. E a APLB também está querendo 15%. Sabe quanto dá 15% de 300 milhões? 45 milhões de reais. Some-se mais os 7 milhões e 650 que a APLB quer, nós chegamos em um número de 52 milhões de reais”, pontuou.

Ao Acorda Cidade, o vereador questionou qual seria o propósito da retenção dessa porcentagem para o Sindicato.

“Qual a necessidade de um sindicato de professor ter R$ 52 milhões? Esse dinheiro não sai da prefeitura, sai do professor. Se cobrasse uma taxa de 1%, uma coisa representativa para manter o sindicato, tudo bem. Mas veja o absurdo”

“A prefeitura está querendo pagar 16 milhões de reais direto para o professor. Então, aos professores, saibam que independente de você assinar com a APLB, a prefeitura vai te pagar”, destacou o parlamentar.

O Acorda Cidade irá solicitar um retorno do sindicato da APLB-Feira.

Com informações do repórter Paulo José do Acorda Cidade

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