Lama e água suja para todo lado. Essa tem sido a realidade dos moradores da rua Mundunópolis no bairro Parque Lagoa Subaé em Feira de Santana. Um canal de esgoto estourou no local e desde então, os moradores da rua convivem com uma lagoa de água suja na porta de casa.
Em frente a casa de Célia Espírito Santo, o odor é insuportável. São 24 horas por dia inalando o mau cheiro do esgoto, além da dificuldade para sair de casa.
“Aqui é tudo pior do que os outros bairros, a começar pela lama, o esgoto aqui, a rede de esgoto estourou, encheu, virou uma lagoa. É um mau cheiro terrível que a gente não suporta.”
Para amenizar o odor a solução é viver de portas fechadas o tempo inteiro. “Eu tenho que ficar com a porta fechada 24 horas. Eu tenho um neto dentro de casa e aí o mau cheiro é terrível. Pode provocar algum problema grave de saúde. Eu quero que o senhores competentes, venha nos ajudar.” reclama a moradora.
O local é passagem para a escola Luciano Ribeiro que fica próxima, e parte dos estudantes têm que atravessar a enorme poça de água suja para conseguir chegar. A estudante Alexia Vitória enfrentou o trajeto na manhã desta terça-feira (8), ela informou que o outro caminho possível também está cheio de lama.
“Tem que enfrentar essa água de esgoto. Até tem como ir por ali pelo mercado como opção, só que lá está toda alagada também.”
Os moradores da região se reuniram para conversar com nossa equipe de reportagem sobre o problema que afeta a rotina de toda a população do bairro, pois na rua Mundonópolis fica localizado o Posto de Saúde.
Outro morador da região é Diego Freitas, ele falou durante a entrevista que a Embasa vai ao local às vezes, mas como os cuidados são paliativos, pouco tempo depois a situação volta a piorar.
“Esgoto a céu aberto, muito buraco. Uber tem vezes que não entra aqui porque não quer vir, conta do buraco. E está um descaso total aqui para a população. A gente pede socorro. Aí o pessoal manda vir desentupir, mas volta tudo de novo.”
Flávio Alves, também morador do local há 25 anos, explica que o problema é permanente.
“Volta e meia o pessoal da Embasa vem, porém é um problema crônico aqui, porque possivelmente essa rede deve estar obstruída. Qualquer chuvinha que dá, ou até mesmo quando nem está chovendo, essa boca de lobo aí explode.”
Na rua os veículos acabam tentando invadir a calçada para conseguir atravessar.
“Tem o passeio do vizinho aqui, mas até o passeio a água já tá tomando conta. Carro passando aqui, moto passando por cima do passeio, bicicleta, o rapaz até já colocou pedra ali, porque ele não quer que passe pra não quebrar o passeio dele. Então quer dizer, é um problema sério esse negócio aqui.”, relatou Fábio.
Cristiane Ribeiro mora na rua Loureiro, próximo a Avenida Periférica, há 8 anos, ela disse à reportagem do Acorda Cidade que já está arrependida de ter comprado imóvel no local devido aos problemas como o esgoto e os buracos na rua.
“A rua está toda esburacada, e o bairro não ajuda. Eu vim morar aqui, me arrependi de ter comprado a minha casa aqui, porque é uma vergonha na frente de um posto de saúde, um lamaceiro desse que está fedor, que ninguém está aguentando. O mal cheiro ninguém está aguentando.”, informou a moradora.
O Acorda Cidade entrou em contato com a Empresa Baiana de Águas e Saneamento (Embasa) e a Superintendência de Operações e Manutenção (Soma) e aguarda retorno.
Com informações do repórter Paulo José do Acorda Cidade
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