De 30 de abril a 5 de maio, Feira de Santana foi palco de uma das edições mais memoráveis do Embrazouk, congresso internacional de dança que reuniu mais de 350 congressistas, artistas de diversas partes do Brasil e promoveu encontros inéditos que marcaram a cena do Zouk brasileiro. Com uma programação vibrante, reafirmaram o evento como um dos mais importantes festivais de dança do país.
Muito além da dança, o evento se firmou como espaço de resistência cultural, acolhimento e inclusão. Pela primeira vez na história,uma competição Jack & Jill reuniu, no mesmo congresso, dançarinos das vertentes Zouk e Lambada, celebrando o encontro e a valorização das raízes da dança, sem rivalidade, mas com integração histórica e respeito.
“A gente tem muito orgulho de ver o Embrazouk crescendo sem perder a alma. Essa edição representa o que acreditamos: corpo livre, origens reconhecidas e futuro coletivo. É a dança como um território onde todos cabem.” – Viniel, organizador do Embrazouk.
“Desde o início, o Embrazouk é mais do que dança. É um espaço de cura, de encontros e de afeto. Ver o que construímos juntos é emocionante. E ainda tem muito mais por vir.” – Jô Chagas, organizadora do Embrazouk.
Diálogo com a ancestralidade e acessibilidade
A palestra “No final é tudo lambada?”, com a Dra. Jocélia Freire e nomes históricos como Mestre Braz, Didi e Patrícia, foi um dos grandes momentos do evento. O bate-papo, transmitido ao vivo, também contou com tradução em Libras por Alisson George, garantindo acessibilidade e democratização da história da dança.
A psicóloga Lays Fraga e a massoterapeuta Ellem Ariana estiveram presentes em todos os dias do evento, fortalecendo o cuidado emocional e corporal como parte da experiência dançante.
Pessoas com baixa visão, corpos diversos, de diferentes raças – inclusive povos originários, regiões e profissões se misturaram na pista com naturalidade — reforçando que inclusão se faz com prática e não apenas discurso.
Estética, presença e memória
Com iluminação personalizada, o Embrazouk ofereceu muito mais do que dança. O kit congressista trouxe mimos exclusivos, como a tatuagem d’água da marca oficial do evento, enquanto a artista Caroline Almeida realizou pinturas corporais gratuitas durante os bailes, reforçando a conexão entre arte, identidade e presença. Cada detalhe foi pensado para transformar o evento em uma experiência sensorial e inesquecível.
Cultura, saúde e valorização local
O evento teve patrocínio oficial do Laboratório Análise, que reafirmou o compromisso com a saúde como parte essencial da cultura. A praça de alimentação contou com opções inclusivas, pensadas para diferentes necessidades.
A feira de stands trouxe ainda calçados veganos e brasileiros da Taygran, doces inclusivos da Docin e salgados da Iki Buffet, roupas da marca Embrazouk, entre outras expressões da economia criativa local e do meio da dança, como o Zoukme e a Balanço Urbano.
Arte em movimento
Companhias de dança de todo o Brasil estiveram no palco, com destaque para o projeto Zouk in Feira, que mostrou a força da cidade no cenário nacional. Foram realizadas colaborações inéditas entre artistas de referência, como Nina & Matheus e Mark & Melissa, Val & Vanessa e Rafael & Isabel, emocionando o público com encontros explosivos.
A programação incluiu o Baile Forró Zouk no Espaço de Danças Edem Dance (dia 30), participação na Micareta de Feira (dia 1º), a programação oficial do festival (de 2 a 4), e uma after pool party memorável no dia 5.
A grande final do Embrazouk Challenge, competição anual, premiou talentos da nova geração com uma oportunidade única: integrar a grade de professores dos 9 maiores eventos de Zouk do Brasil.
Equipe de cobertura e conteúdo
Toda a energia do evento foi registrada por uma equipe de cobertura sensível e potente, composta por: Olharys, Thamires Valadares, Katatal, Olinda, Cassiano, Mari Celestina (Makana), Laís Sousa e Marília Santos — profissionais que traduziram em imagem tudo o que não pode ser descrito apenas com palavras e disponibilizaram recordações para compartilhar.
O Embrazouk 2025 não apenas ocupou Feira de Santana — ele a transformou. Dançar, aqui, foi também lembrar, resistir e construir novos futuros. Uma edição histórica que seguirá ecoando nos corpos e nas pistas por muito tempo com uma afirmação: a dança é política, é afeto, é memória e é lugar de todos. Feira de Santana dançou — e dançou bonito — com o mundo.
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