Na manhã desta sexta-feira (25), as forças de segurança realizaram mais uma operação integrada em torno da região da Rodoviária de Feira de Santana, com o objetivo de conter a criminalidade no local e prestar assistência social às pessoas que se encontram em vulnerabilidade social. Na ação, estabelecimentos foram interditados.
A primeira operação ocorreu no último dia 23, na quarta-feira. A força-tarefa aconteceu por meio da Prefeitura de Feira de Santana, do Ministério Público Estadual, órgãos de segurança, assistência social, saúde e diversos órgãos e secretarias do município.
O secretário da Seprev (Secretaria de Prevenção à Violência), Luziel Andrade, explicou que, por conta dos bons resultados, as forças retornaram ao local para continuar com os avanços.
“Estamos fazendo hoje um trabalho, nem todas as pessoas de rua foram consultadas. O pessoal hoje está com a equipe reforçada, revendo essa situação. Tivemos hotéis em que não houve como fazer a devida averiguação em todos. Tivemos aqueles que, após a operação, foram checados pela Polícia Civil e Polícia Militar, que tiveram maior incidência nos últimos tempos de ocorrências.”
Entre as melhorias na região, árvores foram cortadas, a iluminação foi restabelecida em alguns pontos e o trânsito foi reorganizado com o objetivo de requalificar a área.
“Foram identificados alguns estabelecimentos que estavam funcionando de maneira irregular e também a vigilância sanitária constatou algumas irregularidades, devido à falta de documentação, à falta de limpeza. O bombeiro identificou a falta de extintores. Esses estabelecimentos foram interditados até que eles se regularizem. A operação vai continuar, não tem dia nem hora para o término. As instituições estão imbuídas de manter esse padrão de fiscalização, de operação conjunta para que a gente restabeleça tudo o que a população merece aqui no entorno da estação rodoviária”, afirmou o major Fernando ao Acorda Cidade.
A ação de hoje contou com a fiscalização da Vigilância Sanitária e do Corpo de Bombeiros, que também averiguou alguns estabelecimentos que não foram checados na quarta (23).
Segundo Thaís Marques, chefe da Vigilância Sanitária, produtos vencidos que seriam vendidos foram encontrados. O estabelecimento foi notificado e orientado.
“Hoje, em um hotel, nós adentramos todo o espaço para averiguarmos a questão da insalubridade sanitária. Tudo dentro dos conformes com o quesito sanitário. Eles já possuem processo conosco. A única coisa de irregularidade que nós, quanto Vigilância Sanitária, encontramos foram produtos como H2O, refrigerante, água e biscoitos recheados vencidos e foram descartados no mesmo ambiente.”
Thaís ainda explicou que estabelecimentos que não operam com alimentação — apenas com a venda de produtos alimentícios prontos — não são obrigados a instalar uma cozinha profissional.
Ao Acorda Cidade, o delegado Eudes Aquino, titular da Delegacia de Tóxicos e Entorpecentes (DTE), explicou que o objetivo principal da operação desta sexta (25) foi continuar a fiscalização nos estabelecimentos.
“Estamos apoiando aqui as equipes. Alguns estabelecimentos foram interditados e a polícia civil está aqui para garantir que as autoridades sejam devidamente respeitadas. Se houver algum tipo de resistência ao papel fiscalizatório dessas autoridades, a Polícia Civil atuará. Mas, o pessoal está bem solícito e compreende o papel dos órgãos públicos nessa fiscalização.”
A assistente social Thaionara dos Santos Cerqueira esteve presente para realizar a abordagem social às pessoas em vulnerabilidade. Na região encontram-se muitas pessoas em situação de rua e dependentes químicos que necessitam do amparo do estado com assistência e saúde pública.
“Oferecemos abrigo, fazemos encaminhamentos para documentação civil. Quando é homem, nós encaminhamos para o Palácio Social, Centro Pop e quando é mulher, que está com criança, família, casal, nós encaminhamos para o CTA Tropeiro, que fica ali na Praça do Tropeiro”, explicou ao Acorda Cidade.
Na operação de hoje, apenas duas pessoas foram abordadas. A assistente explicou que as pessoas podem recusar o atendimento.
No primeiro dia, houve 14 autos de notificações de pousadas e a apreensão de uma quantidade de drogas. Uma pessoa foi conduzida à delegacia.
“Qualquer situação que foi encontrada foi notificada para ter um prazo para se adequar àquilo que é correto. E aí é um detalhe, as pessoas estão tão desacostumadas à investigação, mas a gente tem que estar lembrando todo mundo que eles têm uma concessão municipal para funcionar. Então, a qualquer momento, o município tem o direito de chegar e cobrar os deveres deles”, acrescentou o secretário Luziel Andrade.
Com informações do repórter Ed Santos do Acorda Cidade
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