Em entrega de viaturas e imóveis, Rui Costa fala sobre sucessão política em Feira de Santana

^{Rachel Pinto}

O governador Rui Costa esteve nesta segunda-feira (9) em Feira de Santana para fazer a entrega de novas viaturas da Polícia Militar e também outros equipamentos como um micro-ônibus, 17 ônibus escolares, máquinas para a agricultura familiar e mais 966 unidades habitacionais construídas por meio do Programa Minha Casa, Minha Vida, do Residencial Vida Nova Asa Branca. Em uma coletiva de imprensa ele destacou o objetivo da sua visita e falou sobre o impedimento do reajuste salarial para os servidores públicos, o cenário político atual do país e a sucessão política do município.

Rui Costa disse que os novos veículos entregues para a polícia buscam apoiar, estimular e ajudar os policiais a repetirem no ano de 2016 o excepcional resultado obtido na área de segurança em 2015. De acordo com ele, em 2015 Feira de Santana teve uma das maiores reduções no índice de criminalidade.

“Feira de Santana foi uma das áreas que teve uma das maiores reduções no ano de 2015 e, portanto, essas novas viaturas, novos equipamentos, vão ajudar ainda mais o trabalho desses homens e mulheres que conseguiram esse resultado extraordinário”, afirmou.

Durante a visita o governador entregou também 17 ônibus escolares para várias prefeituras, tratores e implementos agrícolas para a agricultura familiar que segundo ele terão a finalidade de apoiar os agricultores para produzir mais e melhor.

“São 17 ônibus que vão ajudar os prefeitos a transportarem os alunos com mais dignidade, mais conforto e mais segurança. Nós fizemos a entrega também de tratores, implementos agrícolas e motos para a agricultura familiar. Estes equipamentos têm uma finalidade de dar apoio ao agricultor familiar. A Bahia tem 700.000 agricultores que precisam produzir mais e melhor para que a renda desses agricultores seja elevada e com isso possamos dinamizar a economia rural e o comércio das cidades”, ressaltou.

Não haverá reajuste salarial para os servidores

Questionado sobre o aumento salarial dos servidores públicos do estado, o governador disse que é a Lei de Responsabilidade Fiscal que impede que o reajuste seja feito. Ele informou que a lei diz que o prefeito não pode ultrapassar o limite de 54% do gasto de pessoal da receita e diz que o governador não pode ultrapassar 46,17% da sua receita com gasto de pessoal.

“Eu diria que a maioria dos estados ultrapassou o limite da Lei de Responsabilidade Fiscal. A Bahia, por exemplo, chegou a 48% da sua receita com gasto de pessoal e com esse índice a lei diz que o governador está impedido de contratar novos funcionários públicos e de dar aumento salarial. E este ano o cenário não é bom. Porque além da lei me impedir, eu não tenho financeiro e não tenho orçamentário. Então este ano mesmo que eu tivesse orçamentário e financeiro eu estaria impedido. Eu não vou descumprir a lei, não vou ser multado, porque eu nem tenho patrimônio para pagar uma multa e portanto eu vou agir conforme a lei e ela me impede de dar qualquer reajuste esse ano”, completou.

Anulação da votação do impeachment e afirmação dos compromissos

Contra o processo de impeachment da presidente Dilma Roussef, Rui Costa considerou a anulação da votação anunciada nesta segunda-feira (9) pelo presidente interino da Câmara, deputado Waldir Maranhão como uma medida acertada. Segundo ele, "o impeachment é um processo ilegal, irregular, indevido e a democracia no Brasil não merece que isso aconteça".

Em relação aos compromissos que assumiu durante a campanha, o governador foi enfático e disse que está cumprindo com todos. Inclusive a construção do Hospital Geral de Feira de Santana que ele reforçou que é um compromisso que está mantido.

“Eu estou cumprindo todos os meus compromissos que eu sei quais são. Aliás, antes da convenção eu rodei este estado fazendo o programa participativo de governo. Registrei na justiça todos os meus compromissos que eu sei quais são. E aqui em Feira o compromisso do Hospital está mantido. Já pedi autorização do Banco Mundial. São 80 milhões para a construção de equipamentos na área de saúde. Já pedi que o banco me autorize a usar parte desse valor na construção do Hospital de Feira de Santana”, explicou.

Sucessão municipal em Feira de Santana

Rui Costa reforçou que são falsas as informações de que ele mudaria de partido. De acordo com ele, "este é um fato sem cabimento algum". O governador destacou que a política da Bahia tem sido feita de forma democrática, respeitando o diálogo e a liberdade dos municípios e lideranças políticas.

Indagado sobre o seu apoio político nas eleições de Feira de Santana,  ele confirmou o seu posicionamento e disse que busca atuar como cidadão e militante político. Ele observou que no município existem candidatos da base aliada muito capacitados para se tornarem gestores.

“Ainda temos muito tempo para tomar decisões partidárias. Aqui temos alguns nomes da nossa base que são candidatos. Acho todos os nomes são capazes, nomes importantes e é o momento desses nomes circularem na cidade”, finalizou.

Com informações e fotos do repórter Ed Santos do Acorda Cidade.