A 18ª edição do Festival Literário e Cultural de Feira de Santana (Flifs) encerrou neste domingo (28) com números históricos: mais de 60 mil visitantes ao longo de seis dias e cerca de 10 mil professores e estudantes contemplados com vales-livro, cujos valores foram ampliados para R$ 50 (alunos) e R$ 80 (professores). Reconhecido desde 2008 como patrimônio cultural imaterial da Bahia, o evento reafirma sua importância como política pública de incentivo à leitura para todo o Portal do Sertão.
“O Flifs não é apenas um evento em setembro, mas uma ação continuada de extensão da universidade, que se tornou política pública de formação leitora”, destacou a coordenadora Cristiana Oliveira.
Em 2025, a feira reuniu mais de 120 atividades, entre mesas literárias, saraus, exposições, shows e apresentações artísticas em diferentes pontos da cidade, como a Praça do Cordel, o Palco Principal do Bel da Bonita, a Arena Fuflinha, o Sesc, a CDL, o Cuca e a Biblioteca Setorial Monteiro Lobato. O evento mobilizou instituições como Uefs, Sesc, Arquidiocese, Prefeitura e Governo do Estado, além do NTE-19, IFBA, UFRB, Alfagaris e a Casa Amarela Produtora, contemplada pelo programa Bahia Literária da Fundação Pedro Calmon.
O processo de seleção foi realizado por meio de chamadas públicas. A comissão organizadora abriu editais para lançamentos de livros, apresentações artísticas, monitoria e também para a escolha dos expositores. “O principal objetivo é garantir diversidade e qualidade no leque de títulos literários ofertados, de modo que cada leitor tenha liberdade de escolha, mas com obras de referência à disposição”, explicou Cristiana.
O Flifs atraiu não apenas o público de Feira de Santana, mas também visitantes e artistas de várias cidades do país. Desde o primeiro dia, a modesta Feira do Livro criada em 2007 mostra sua força literária para todo o país.
“Essa participação é efetiva de Feira de Santana e também de outras regiões. Esse reflexo também é percebido com a presença de vários artistas, escritores, professores e representantes de diversos segmentos oriundos de outras cidades.”
A novidade desta edição foi a contagem oficial do público, que variou entre 9 e 10 mil pessoas por dia. O crescimento, no entanto, trouxe novos desafios de espaço. “A praça ficou pequena para tanta gente, para tanta atividade e tanta alegria. A gente tem que perspectivar aí uma ampliação espacial no sentido de que a gente possa tornar o festival cada vez mais forte e mais participativo”, avaliou Cristiana.
Segundo a pró-reitora de Extensão da Uefs, Taise Bomfim de Jesus, o levantamento dos livros mais vendidos ainda será concluído, mas a expectativa é de ampliar a oferta de títulos nas próximas edições.
“O Flifs se tornou um evento gigante. A nossa intenção é alinhar toda a programação artística e cultural com a comercialização dos livros, até porque contamos com o sistema Vale Livro, que beneficia estudantes das escolas públicas municipais e estaduais. Precisamos oferecer mais livros e de qualidade a serviço dessa comunidade leitora”, afirmou.
As escolas tiveram participação fundamental: entre 12 e 30 instituições por turno visitaram a feira, muitas delas levando apresentações culturais. “A feira de terça a sexta-feira é movida por essa visitação de escolas, que fazem parte da programação, se apresentam, mostram o que produzem nas escolas e levam livros para casa”, acrescentou Taise.
O Flifs encerra esta edição histórica com a apresentação do bloco afro Ilê Aiyê, reforçando sua posição como maior evento cultural de Feira de Santana e referência para todo o estado. “A gente precisa agradecer a todos os parceiros e dizer que logo a gente convida eles para pensar na 19ª edição do Flifs.”
Confira mais imagens da Flifs 2025:
Com informações do repórter Ed Santos do Acorda Cidade
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