Feira de Santana

Em assembleia motoristas e cobradores de ônibus decidem entrar em greve caso empresas não apresentem proposta

O prazo dado às empresas é até a próxima segunda-feira (23).

Em assembleia motoristas e cobradores de ônibus decidem entrar em greve caso empresas não apresentem proposta Em assembleia motoristas e cobradores de ônibus decidem entrar em greve caso empresas não apresentem proposta Em assembleia motoristas e cobradores de ônibus decidem entrar em greve caso empresas não apresentem proposta Em assembleia motoristas e cobradores de ônibus decidem entrar em greve caso empresas não apresentem proposta

Andrea Trindade

Os rodoviários do transporte coletivo urbano de Feira de Santana realizaram uma assembleia por volta das 4h desta quarta-feira (18) ,nas garagens das empresas Rosa e São João.

Ao Acorda Cidade, o presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rodoviários de Feira de Santana (Sintrafs), Alberto Nery, informou que a categoria decidiu entrar em greve por tempo indeterminado caso as empresas não apresentem uma proposta até a próxima segunda-feira (23). Eles pedem reajuste salarial.

“Nós encaminhamos a pauta desde o mês de março e até o presente momento a classe patronal não ofereceu nada. Mesmo reconhecendo a inflação existente acumulada nestes dois anos, não garantiram os direitos já conquistados até aqui. Em função disso, nós viemos fazer uma assembleia para o trabalhador autorizar a paralisação por tempo indeterminado, se até segunda-feira (23) não for apresentada a proposta que estamos buscando para contemplar e manter o direito de compra da classe dos trabalhadores.”, informou.

Foto: PAulo José/Acorda Cidade

Segundo Nery, os rodoviários de Salvador já tiveram reajuste salarial.

“A proposta é de 10,1%, que é a inflação acumulada de 2020 e 2021. Os salários dos rodoviários de Feira de Santana sempre foram iguais aos de Salvador. Salvador já conseguiu este reajuste, nós vemos aí a empresa Santana que está vendendo suas linhas com todas as dificuldades já atendeu, todo o sistema de fretamento já atendeu, e o transporte urbano de Feira, rondando com a frota reduzida praticamente em 50%, ônibus lotados, a sociedade reclamando, e eles não atendem a reivindicação dos trabalhadores”, afirmou o sindicalista ao Acorda Cidade.

Fotos: Paulo José/Acorda Cidade

Durante a pandemia cerca de 500 trabalhadores do transporte coletivo urbano de Feira de Santana foram demitidos.

Por meio de Nota, a Empresa Rosa informou que que não tem condições de realizar aumento de salários neste momento de pandemia, em que as receitas caíram mais de 70%. Leia na íntegra:
 

NOTA DE ESCLARECIMENTO

A Empresa Rosa vem em nota esclarecer que a deflagração da paralisação se deu em razão de não termos chegados a um consenso referente a Pauta de Reivindicações da Categoria Rodoviária, com o aumento de salário.

Não possuímos condições de realizar aumento de salários neste momento de pandemia, onde as receitas caíram mais de 70%.

A tarifa de remuneração da Empresa está defasada há vários anos e a Prefeitura não faz a revisão que é necessária.

Estamos falando de um serviço público, ou seja, de responsabilidade do Município, que se manteve inerte durante esta pandemia e não manteve o equilíbrio econômico financeiro do contrato de concessão, não permitindo que nossas receitas bastem para custear o serviço que vem sendo colocado à disposição da população da cidade.

O contrato de concessão está totalmente desequilibrado, notícia pública e notória de anos, e não temos receitas para aumentar o custo com o pessoal.

Enquanto o Município de Feira de Santana não restabelecer o equilíbrio econômico financeiro do contrato, não teremos condições de acatar o pleito da categoria.

Cabe ao Município apurar os custos do serviço e revisar nossas receitas para que possamos de forma justa pagar nossos fornecedores e colaboradores.

Empresa Rosa | Diretoria 

 

Com informações do repórter Paulo José do Acorda Cidade