Durante missa, pai de empresário assassinado pede 'justiça para todos'

^{Daniela Cardoso}

Parentes e amigos do empresário Gil Marques Porto Neto, 33 anos, que foi assassinado no dia 21 de maio, no Largo do São Francisco, bairro Kalilândia, em Feira de Santana, participaram de uma missa celebrada pelo Monsenhor Neri, na noite desta quarta-feira (9). Com camisetas com a foto do empresário e a palavra 'justiça', o objetivo principal da celebração, segundo Márcio Carvalho Marques Porto, pai do empresário, foi prestar uma homenagem ao filho. “Queríamos permitir aos amigos que se aproximassem dele uma vez mais”, afirmou.

Além disso, Márcio Carvalho cobrou justiça, não só para o crime que vitimou Gil Marques Porto Neto, mas todos os homicídios registrados em Feira de Santana. Ele afirmou que a justiça existe e que é preciso funcionar.

“Espero que as autoridades façam o possível para elucidar crimes como esse, para que exista justiça. Espero que os homicídios registrados na cidade sejam elucidados, do mais rico ao mais pobre. Não estamos em uma luta de classes, mas por termos mais conhecimento, acreditamos que podemos chamar atenção”, disse.

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O pai do empresário informou que ainda não tem informações sobre como andam as investigações da polícia, mas afirmou confiar no trabalho que está sendo feito e destacou que acredita na elucidação do crime.

“Não existe crime perfeito. Acreditamos, mas queremos que seja desvendado mais rápido, a tempo de termos argumentos para explicar. Eu não quero que os filhos dos meus filhos cresçam sem saber o que resultou na morte do pai deles. No Brasil, às vezes, as coisas precisam de um empurrão. Temos que insistir e estamos fazendo isso”, destacou. “Os dias têm sido dolorosos para todos nós. Perder uma pessoa como meu filho, que é orgulho não só meu, mas de toda a família, é muito difícil”, acrescentou.

A viúva de Gil Marques Porto Neto, Bárbara Lomanto, fez um discurso bastante emocionado, lembrando dos anos de convivência, do amor e do companheirismo, que viveu ao lado do empresário. Ela ainda agradeceu o apoio dos familiares e amigos.

“Nosso amor foi especial, não tenho dúvida. Superando grandes obstáculos e vivendo intensamente esses anos, particularmente falando, Gil proporcionou realizações de sonhos e me permitiu ser amada por ele, que foi um homem íntegro, compreensivo e companheiro. Meu companheiro foi meu cúmplice, meu amigo, orientador e não encontra-se mais materialmente comigo, mas não tenho dúvidas que tem participação na paz e segurança que atualmente sinto. Gil tinha o dom de transmitir alegria por onde passava e cativava pessoas de diferentes níveis e classes. Até pouco tempo pedi a Deus pra me acordar desse pesadelo, que foi perder o amor da minha vida. Mas, hoje vejo e compreendo os designíos de Deus. Gil sempre estará em meus pensamentos, com aquele sorriso lindo no rosto, e é assim que devo lembrar dele”, disse.

As informações e fotos são do repórter Ed Santos do Acorda Cidade