Implante Contraceptivo Hormonal

Disponível no Hospital da Mulher, Implanon terá acesso ampliado pelo SUS

A previsão é que o medicamento esteja disponível em unidades básicas de saúde (UBS) a partir do segundo semestre

Implanon SUS
Foto: Reprodução Ministério da Saúde

O Ministério da Saúde divulgou que o Implante Contraceptivo Hormonal, o Implanon, será disponibilizado pelo Sistema Único de Saúde (SUS) ainda neste segundo semestre de 2025. A opção é considerada vantajosa pelo Ministério em decorrência da longa duração e alta eficácia.

O método trata-se de um pequeno bastão, que é inserido debaixo da pele do braço. Durante o período de cerca de 3 anos, este dispositivo irá liberar no corpo o hormônio etonogestrel que impede a ovulação e por consequência evita a gravidez.

Ao Acorda Cidade, Alessandra Magalhães, enfermeira referência técnica em saúde da mulher, explicou a importância de abranger o acesso ao método.

Alessandra Magalhães, enfermeira referência técnica em saúde da mulher
Foto: Ney Silva/Acorda Cidade

“É mais um contraceptivo que as mulheres vão ter acesso, estamos aguardando, sim, chegar até Feira, e a partir daí, nossos profissionais serem capacitados, os profissionais das unidades de saúde, para estarem implantando esse dispositivo nas mulheres”

Alessandra também reforçou que a disponibilização do método não é novidade em Feira de Santana. Segundo ela, o Implanon já é disponibilizado no Hospital da Mulher, porém a intenção do Ministério da Saúde é abranger o acesso a esse medicamento. 

“Lembrando que o Hospital da Mulher, que é o nosso hospital municipal, já disponibiliza o Implanon. Claro que o objetivo do Ministério da Saúde é enviar para todos os municípios para serem distribuídos nas unidades de saúde.”

Para adquirir o implante no Hospital da Mulher, a paciente deve procurar o Ambulatório de Planejamento. É necessário passar por uma triagem que avaliará a necessidade ou não do uso do implante, bem como de outros métodos. Quando os implantes estiverem disponíveis em outras unidades de saúde, o trâmite será o mesmo.

“Não é chegar e fazer uso do Implanon imediatamente. Esta mulher vai passar por uma triagem com médicos especialistas, para eles avaliarem esta mulher, para ver a necessidade ou não dessa mulher estar fazendo uso do Implanon.”

A profissional explica que além deste método contraceptivo existem outros mais conhecidos também, que já são disponibilizados pelo SUS nas Unidades de Saúde. A indicação ou não de cada método, depende da avaliação do médico especialista que irá avaliar um série de fatores relacionados a saúde e vida da mulher e assim indicar o melhor método.

“Porque cada contraceptivo, ele tem um critério. Essa mulher ao passar por essa triagem, vai ser avaliada para ver se ela pode ou não estar fazendo uso do Implanon, do Diu Mirena, do Diu De Cobre, dentre outros métodos contraceptivos”.

Apesar de a adaptação e indicação ser individual, Alessandra comenta que ter o Implanon na rede pública representa uma avanço, tendo em vista a praticidade que o método pode proporcionar a inúmeras mulheres.

“O Implanon, tem uma facilidade, sem dúvida alguma, que você implanta e não precisa ficar diariamente tomando seu contraceptivo, como nós já conhecemos, a pílula. Então, evita, claro, esse incômodo para a mulher todo dia”, esclarece Alessandra.

Segundo o Ministério de Saúde, o plano é distribuir 1,8 milhão de dispositivos, sendo 500 mil ainda este ano no Brasil. O investimento será de cerca de R$ 245 milhões – atualmente, a unidade do produto custa entre R$ 2 mil e R$ 4 mil.

Com informações do repórter Ney Silva do Acorda Cidade

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