Rachel Pinto
José Carlos Pitangueira, diretor do Hospital Geral Clériston Andrade (HGCA), em entrevista ao programa Acorda Cidade, na manhã desta quarta-feira (16), falou sobre a suspensão das cirurgias eletivas por parte dos médicos ortopedistas e dificuldades no setor de ortopedia em Feira de Santana.
De acordo com ele, cerca de 42 leitos do hospital estão sendo ocupados por pacientes que aguardam as cirurgias eletivas, e o HGCA necessita de ajuda para continuar fazendo esse trabalho.
Pitangueira destacou que a Secretaria de Saúde do Estado da Bahia (Sesab) já está solucionando o problema do atraso dos pagamentos e haverá mudança de contratação dos profissionais. Serão substituídos os atuais contratos de pessoas jurídicas.
O diretor do hospital disse ainda que não há problema com falta de material e o que acontece são questões burocráticas e a secretaria está trabalhando em um esforço coletivo para superar todos os entraves.
“Haverá a modificação desses contratos. Vai mudar a maneira de remunerar. É um contrato decididamente para produção, onde todos vão ganhar. A decisão é para agora”, afirmou.
Sobre os trabalhadores terceirizados que estão com alguns dias de atraso no pagamento dos salários, o diretor informou que o problema também está sendo solucionado.
“Quase todas as especialidades estão recebendo através de processo administrativo, só que isso é burocrático. Passa por várias esferas, por isso atrasa. Mas, está bem resolvido”, disse.
Situação da UPA
Sobre as reclamações de muitos ouvintes a respeito da Unidade de Pronto Atendimento do (HGCA), Pitangueira pontuou que muitos pacientes são encaminhados de policlínicas para a unidade de saúde. Com as dificuldades de vagas no hospital, a UPA também acaba ficando cheia.
Ajuda para as cirurgias eletivas ortopédicas
O diretor do HGCA novamente chamou a atenção para a necessidade de ajuda para a realização das cirurgias eletivas. Segundo ele, o hospital não tem condições de dar conta dessa situação sozinho e precisa de apoio das diversas esferas.
"Estamos nos reunindo em um conselho de saúde para dialogar a questão da saúde em Feira de Santana como um todo. Um tem que ajudar o outro e se nós resolvermos essa parte de eletivas da ortopedia, 90% do problemas da saúde de Feira de Santana serão resolvidos. O problema não é diálogo, estamos através da Sesab nos reunindo, e o ponto principal que eu apresentei é que nós temos que resolver primeiro a ortopedia eletiva. Eu não posso ficar com 42 leitos ocupados no hospital”, concluiu.