Feira de Santana

Diretor do HGCA fala sobre contratação de médicos e pede ajuda para a realização de cirurgias ortopédicas

Pitangueira destacou que haverá mudança de contratação dos profissionais. Serão substituídos os atuais contratos de pessoas jurídicas.

Rachel Pinto

José Carlos Pitangueira, diretor do Hospital Geral Clériston Andrade (HGCA), em entrevista ao programa Acorda Cidade, na manhã desta quarta-feira (16), falou sobre a suspensão das cirurgias eletivas por parte dos médicos ortopedistas e dificuldades no setor de ortopedia em Feira de Santana.

De acordo com ele, cerca de 42 leitos do hospital estão sendo ocupados por pacientes que aguardam as cirurgias eletivas, e o HGCA necessita de ajuda para continuar fazendo esse trabalho.

A decisão dos médicos em suspender as cirurgias, segundo comunicado emitido pela categoria no último dia (12), partiu da insatisfação com a ausência de contrato de trabalho, atraso nos salários e também falta de material de trabalho.

Pitangueira destacou que a Secretaria de Saúde do Estado da Bahia (Sesab) já está solucionando o problema do atraso dos pagamentos e haverá mudança de contratação dos profissionais. Serão substituídos os atuais contratos de pessoas jurídicas.

O diretor do hospital disse ainda que não há problema com falta de material e o que acontece são questões burocráticas e a secretaria está trabalhando em um esforço coletivo para superar todos os entraves.

“Haverá a modificação desses contratos. Vai mudar a maneira de remunerar. É um contrato decididamente para produção, onde todos vão ganhar. A decisão é para agora”, afirmou.

Sobre os trabalhadores terceirizados que estão com alguns dias de atraso no pagamento dos salários, o diretor informou que o problema também está sendo solucionado.

“Quase todas as especialidades estão recebendo através de processo administrativo, só que isso é burocrático. Passa por várias esferas, por isso atrasa. Mas, está bem resolvido”, disse.

Situação da UPA

Sobre as reclamações de muitos ouvintes a respeito da Unidade de Pronto Atendimento do (HGCA), Pitangueira pontuou que muitos pacientes são encaminhados de policlínicas para a unidade de saúde. Com as dificuldades de vagas no hospital, a UPA também acaba ficando cheia.

Ajuda para as cirurgias eletivas ortopédicas

O diretor do HGCA novamente chamou a atenção para a necessidade de ajuda para a realização das cirurgias eletivas. Segundo ele, o hospital não tem condições de dar conta dessa situação sozinho e precisa de apoio das diversas esferas.

"Estamos nos reunindo em um conselho de saúde para dialogar a questão da saúde em Feira de Santana como um todo. Um tem que ajudar o outro e se nós resolvermos essa parte de eletivas da ortopedia, 90% do problemas da saúde de Feira de Santana serão resolvidos. O problema não é diálogo, estamos através da Sesab nos reunindo, e o ponto principal que eu apresentei é que nós temos que resolver primeiro a ortopedia eletiva. Eu não posso ficar com 42 leitos ocupados no hospital”, concluiu.