Nesta sexta-feira (19), é comemorado o Dia Nacional do Ciclista. Criada aqui no Brasil, a data é em memória do brasiliense Pedro Davison, morto em 2006, aos 25 anos, por um motorista embriagado, enquanto pedalava em Brasília.
Além de ser uma comemoração alusiva aos ciclistas, a data é um convite para a reflexão em relação às atitudes no trânsito, incentivo ao uso da bicicleta, como transporte viável e sustentável.
Praticando o esporte há mais de 15 anos, o engenheiro Neydson Eloy, destacou os benefícios que um simples ‘pedal’, pode proporcionar para a saúde.
“Eu acho que já sou ciclista desde que me entendo por gente, mas aqui em Feira de Santana, desde o ano de 2009 que eu participo do grupo Lobo Guará que já completou 15 anos de existência. A gente tem uma média de 30 integrantes no grupo, mas aquela galera que sempre está com a gente nas trilhas, é em torno de 15 a 20 pessoas. Essa prática do ciclismo nos oferece vários benefícios, como a melhora das articulações, é um esporte que não tem impacto, existem vários aspectos bons principalmente para o coração, então é até uma terapia, algo para se distrair, tirar o estresse do dia a dia”, contou.
De acordo com Neydson, até o ano de 2019, o município contava com cerca de 72 grupos de bikes.
“Eu prefiro pedalar em grupo porque a gente se sente mais seguro, a gente vai batendo um papo, vai resenhando, se tiver algum problema mecânico, tem o outro ali do lado para dar um suporte, dar um estímulo, até uma brincadeira em termo de competição, ir para locais mais distantes, então o bom de pedalar em grupo é isso. Eu por exemplo, faço três pedais por semana, na terça, na quinta e no domingo, sempre pela manhã com uma média de 30 até 50 quilômetros, porém depende do dia, depende da disposição. Nós realizamos uma pesquisa no ano de 2019, e contamos cerca de 72 grupo de bikes, mas isso foi antes da pandemia, o que pode já ter aumentado, até porque existem diversos tipos de grupos, sejam aquelas pessoas que gostam de fazer trilhas, aqueles grupos amantes das fotos, aquelas outras pessoas que no momento da pausa, aproveitam para tomar uma cervejinha, então são diversos gostos”, afirmou.
Mesmo com tantos benefícios através do esporte, Neydson contou à reportagem do Acorda Cidade, que o município de Feira de Santana, ainda ‘peca’ pela falta de estrutura adequada.
“A cidade de Feira de Santana é plana, avenidas largas, mas infelizmente a gente se sente inseguro por conta do trânsito. A gente ouviu muito aí no período da campanha política, que Feira seria a cidade das bicicletas, com bicicletários, ciclovias, mas infelizmente isso ainda não foi traduzido dos outdoors, se realmente isso saísse do papel, ficaria muito bom. A cidade de Aracaju por exemplo, tem mais ou menos a mesma quantidade de ciclistas que temos aqui em Feira, e lá são em torno de 70km de ciclofaixa, enquanto que Feira não deve ter nem 30, e as que são implantadas, infelizmente o poder público não conversa com quem pratica, tanto que existem algumas ciclofaixas no centro, em que muitos pedestres acabam ocupando estes espaços”, alegou.
Procurado pelo Acorda Cidade, o secretário de Planejamento, Carlos Brito, informou que todos os projetos para instalação das ciclovias, estão prontos, mas o que falta, é a verba para dar início as obras.
“Esse volume de investimentos, depende exatamente da operação financeira que o município está com um projeto na comissão de financiamento do Governo Federal, pedindo autorização para contratar junto à corporação o empréstimo de 40 milhões de dólares com a contrapartida, e em contrapartida, R$ 10 milhões do município. Teremos grandes ciclovias na Fraga Maia, Noide Cerqueira e também na Maria Quitéria, os projetos estão prontos, mas ainda não temos capacidade financeira para executar”, informou.
Com relação à afirmação do ciclista em dizer que a prefeitura não conversa com a categoria, o secretário rebateu informando que empresas especializadas, foram contratadas para realizar todo o estudo técnico da cidade.
“Nós contratamos uma empresa de consultoria, uma empresa de alto nível que fez o projeto exatamente baseado em grandes cidades que possuem ciclovias muito maiores que Feira de Santana. Então pegando um exemplo hoje da Avenida Senhor dos Passos, se colocar uma ciclovia ali, diminui o espaço de carros, outros reclamam que é prioridade do pedestre também trafegar pelo centro, então de certa forma, todos criticam, mas a crítica é importante, mas é bom que se diga, que em nenhum momento eu fui procurado por ciclistas aqui no gabinete para tratar sobre assuntos que não estavam em acordo com as ideias destas pessoas”, concluiu.
Com informações dos repórteres Ed Santos e Paulo José do Acorda Cidade
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Se formos olhar bem, não tem santo aí.
A cidade tem suas deficiências, mas tá cheio de ciclista folgado que não tá nem aí para os cuidados e o respeito aos outros no trânsito. Exigem respeito, fazem barulho, mas não fazem a parte deles.
Felizmente não são todos, mas os que fazem já bastam pra causar um transtorno enorme.
Não é incomum encontrar grupos desses ciclistas andando NO MEIO de avenidas de alto movimento, como a Getúlio Vargas e a Nóide Cerqueira (onde, inclusive, tem local para circulação deles).
Quero dizer, como cobrar providências dos outros (prefeitura, sobretudo), se até nos poucos lugares onde já há estrutura, eles não usam corretamente?