Descarte irregular de lixo em Feira de Santana volta a preocupar moradores: “É a mesma reclamação de sempre”

Mesmo após diversas reportagens e denúncias feitas ao longo dos anos, o problema do descarte irregular de lixo na Feirinha da Estação Nova, em Feira de Santana, continua sem uma solução definitiva. A reportagem do Acorda Cidade retornou ao local nesta sexta-feira (4) e conversou com moradores que, mais uma vez, cobraram providências do poder público.

Dono de uma paciência persistente e morador da região há décadas, Júlio César voltou a pedir atenção das autoridades para o problema frequente. “A reclamação aqui é a mesma de sempre. É o lixo. Essa reclamação é recorrente. É antiga, já está fazendo mais um aniversário, porque o lixo a prefeitura vem e limpa, o dono do terreno não dá providência, até aí tudo bem, porque ele já murou, agora eu culpo a prefeitura”, disse o morador.

César contou que populares derrubaram o muro e levaram até mesmo os blocos. Agora, o espaço volta a estar desprotegido à mercê da falta de educação das pessoas. 

De acordo com ele, a prefeitura realiza a limpeza da área, mas o problema persiste por falta de medidas mais eficazes. Para seu Júlio, uma solução seria transformar o espaço em uma área de convivência, ocupando o espaço de forma saudável para evitar o descarte irregular de lixo.

Além do lixo, os moradores também enfrentam outros problemas no local. “Agora, como se não bastasse o lixo, tem um toldo no meio da rua, empatando o trânsito.” Ele disse não saber quem é o responsável. Segundo o morador, até a mobilidade dos veículos está comprometida. 

“Ficou ruim porque a rua está cheia de buracos. Está chovendo, não pode consertar os buracos no asfalto, a gente tem que olhar esse lado da prefeitura.”

Outro fator que contribui para o incômodo na área é a presença de muitos pombos, insetos pesticiosos e animais prejudiciais à saúde pública. Júlio César ainda lembra que os animais se mantêm dos restos de alimentos, principalmente, dos restos de cocos que são jogados no local há anos.

Ainda segundo ele, o descarte feito pelos carroceiros agrava o cenário. Além dos restos de alimentos, tem entulhos, móveis velhos, muito lixo que, inclusive, pode ser um risco para o surgimento de doenças como a dengue nessa época de chuva. Para ele, é hora do poder público dar uma resposta mais efetiva à comunidade. 

Em abril deste ano, a Secretaria de Serviços Públicos, anunciou a criação de ecopontos para facilitar o descarte correto de entulhos por carroceiros, mas até o momento não foi informado os espaços.

Com informações do repórter Paulo José do Acorda Cidade

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